Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 11/06/2012

Por que pancadas na cabeça geram reações tão diferentes?

Concussão cerebral

Pessoas sofrem pancadas graves na cabeça o tempo todo, o que pode ocorrer em esportes como o boxe e o futebol, mas acontece principalmente em acidentes de automóvel.

Mas o que tem deixado os médicos de cabeça quente é que os pacientes reagem de forma muito diferente a impactos em tudo semelhantes.

Enquanto a maioria das pessoas se recupera bem da concussão cerebral, até 30% terá um dano permanente - incluindo desde alterações de personalidade até ser incapaz de planejar um evento futuro.

"Na verdade, a maioria dos pesquisadores tem assumido que todas as pessoas com concussões têm anormalidades na mesma região do cérebro," diz o Dr. Michael Lipton, do Montefiore Medical Center, de Nova Iorque (EUA).

"Mas isto não faz sentido, já que é mais provável que diferentes áreas do cérebro sejam afetadas em cada pessoa por causa de diferenças na anatomia, na vulnerabilidade aos ferimentos e ao mecanismo do acidente," completa ele.

Imagem por tensor de difusão

De posse dessa constatação, o Dr. Lipton usou uma das técnicas de imageamento médico mais modernas disponíveis para tentar descobrir o que ocorre no cérebro após uma pancada forte.

Os pacientes tiveram seus cérebros escaneados duas semanas após o acidente, e novamente três e seis meses depois, usando uma técnica de ressonância magnética chamada "imagem por tensor de difusão", que visualiza também os nervos e os tecidos cerebrais.

Os resultados mostraram que cada pessoa apresenta padrões espaciais de anormalidades no cérebro que não apenas são únicas para cada indivíduo, como também mudam ao longo do tempo.

E mais: essa progressão do ferimento depende da forma como cada parte do cérebro foi afetada.

Resposta do cérebro

A maior diferença entre os pacientes pôde ser detectada usando um indicador chamado anisotropia fracional, que mede se o tecido manteve sua integridade microestrutural.

Os resultados mostraram que a anormalidade no cérebro progride de forma diferente em áreas com baixa ou com alta anisotropia fracional.

"Nós suspeitamos que uma elevada anisotropia fracional represente uma resposta ao ferimento. Em outras palavras, o cérebro pode estar tentando compensar o dano desenvolvendo e melhorando outras conexões neurais. Esta é uma descoberta nova e inesperada," disse o Dr. Lipton.

Fonte: www.diariodasaude.com.br


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