Publicado por Redação em Previdência Corporate - 30/10/2014

Previdência aberta supera fechada em 5 anos

O patrimônio da previdência privada aberta deve superar os ativos dos fundos de pensão (previdência fechada) dentro de cinco anos, segundo estimativa do presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Osvaldo do Nascimento.

Segundo balanço da entidade, a carteira de investimentos da previdência aberta fechou junho deste ano com R$ 401 bilhões em ativos, uma expansão de 12,14% em relação a junho de 2013.

Já o patrimônio dos fundos de pensão, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), fechou o mesmo mês com R$ 667,8 bilhões, alta apenas de 6,03% em relação ao junho de 2013.

Cruzando os patrimônios, a carteira da previdência aberta precisaria, hoje, crescer 66,5% para alcançar a previdência fechada.

"A indústria de fundos de pensão está pagando mais subsídios do que recebendo contribuições. Ela está parada", justificou Nascimento. "Como nossa indústria [de previdência aberta] recebe mais do que gasta, ela cresce mais e em cinco anos tende a ficar maior", completou o especialista.

De acordo com ele, há cinco anos o mercado de previdência aberta representava menos de 25% do patrimônio das previdências privadas. "Hoje, nós já somos mais da metade", disse.

Nascimento ressaltou, no entanto, que a contratação de novos funcionários pelo setor público tende a alavancar os fundos de pensão e impulsionar o crescimento do mercado.

Paternalismo

Para Nascimento, os brasileiros têm enraizado na cultura uma dependência muito grande do Estado. No caso da previdência, de acordo com ele, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cria um colchão que limita o crescimento da previdência complementar (que engloba as previdências aberta e fechada).

"O Brasil tem um previdência social muito forte e tem um teto [de benefício] que é muito maior que a renda média dos brasileiros", observou o presidente da Fenaprevi. "Quando você pega os Estados Unidos, por exemplo, a previdência social é fraca. Se não tiver previdência privada você está perdido", completou.

O especialista afirmou que o paternalismo vai além da previdência, chegando a todos os setores, até mesmo na morte - a população, normalmente, tem o auxílio das prefeituras nos funerais.

Inchaço da máquina

Segundo Nascimento, contudo, o amparo dado pelo INSS aos aposentados e pensionistas tem um custo: o inchaço dos gastos públicos, que está aumentando cada vez mais e, no futuro, pode gerar um déficit primário insustentável.

"Hoje, tem mais gente se aposentando do que entrando no mercado de trabalho", observou Nascimento.

O presidente da Fenaprevi afirmou que os jovens já estão percebendo isso e estão mais conscientes da importância de possuir uma previdência complementar. De acordo com ele, a previdência privada é vista como uma forma de diversificação de investimentos.

"É diferente da população de 60 ou 80 anos, que vê a previdência como uma fonte de geração de renda", observou.

Fonte: http://www.sindsegsp.org.br


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