Publicado por Redação em Previdência Corporate - 10/01/2011

Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta segunda-feira

Por: Tainara Machado
10/01/11
InfoMoney

SÃO PAULO – O Ibovespa inicia a semana em queda, em linha com o desempenho dos mercados externos, após o continente europeu voltar a dominar o noticiário econômico da sessão. Por aqui, o índice opera no início da tarde desta segunda-feira (10) em queda de 0,23%, aos 69.898 pontos.

As bolsas são pressionadas por novos temores sobre a crise da dívida soberana da Europa, elevados após rumores indicarem que a França e a Alemanha estariam pressionando Portugal a aceitar ajuda financeira internacional.  O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, entretanto, rejeitou a possibilidade de que seu país precise de socorro financeiro.

Já no cenário de indicadores econômicos, as atenções se voltam para o mercado interno. Por aqui, o Relatório Focus apontou que a previsão da inflação para o final deste ano, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), é de 5,34%, 0,84 ponto percentual acima do centro da meta. Já para a taxa Selic, a estimativa é de 12,25% a.a. no fim de 2011.

Enquanto isso, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mensal) indicou uma alta nos preços de 0,42% na primeira prévia de janeiro, resultado 0,41 ponto percentual menor que o do mesmo período do ano anterior.  

Na Ásia, os agentes mais uma vez são tomados por aversão ao risco em função da percepção de que existe a possibilidade de uma nova rodada de alta nos juros na China e na Índia, o que pressionou as bolsas da região. A China mostrou que sua balança comercial registrou superávit de US$ 183,1 bilhões em 2010, decorrente de exportações de US$ 1,58 trilhão e importações de US$ 1,39 trilhão.

Vale
A Vale (VALE3,VALE5) foi destaque do noticiário corporativo no final da última semana após notícias informarem que a companhia brasileira encerrou as negociações com grevistas no Canadá. Em comunicado, a companhia criticou duramente a USW (sindicato que representa os trabalhadores em greve).

“A USW está disposta a aceitar menos dinheiro para os seus membros – nossos funcionários – para assegurar um acordo que termine ao mesmo tempo do que o de Ontário, já se planejando para a próxima greve, e não para o nosso mútuo sucesso no futuro. Para a USW, a questão é sobre motivar mudanças de legislação e forçar uma intervenção maior do governo mais do que é sobre as pessoas que o sindicato representa”, divulgou a unidade canadense da empresa.

Além disso, a Vale voltou a negar que a saída de seu presidente, Roger Agnelli, esteja sendo discutida pelo conselho de administração da companhia. Há meses os rumores da substituição de Agnelli rondam o mercado. Tanto os papéis ordinários quanto preferenciais classe A da companhia operam com queda de 0,1%, cotados a R$ 57,94 e R$ 50,85, nessa ordem.

Agrenco
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da Agrenco (AGEN11) voltaram a ser negociados nesta segunda na BM&F Bovespa, quase um ano após a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ter suspendido a negociação das units, em 11 de fevereiro de 2010. Após leilão na BM&F Bovespa para a formação de preço, os papéis foram cotados a R$ 1,44, o que significa um recuo de 50,27% em relação aos R$ 2,89 registrados no último pregão do qual os BDRs participaram, em 10 de fevereiro do ano passado.

Há pouco, os papéis eram negociados com perdas de 46,71%, cotados a R$ 1,54. A CVM reverteu, na última sexta-feira (7), a suspensão do registro de emissor estrangeiro da companhia, pois a companhia entregou as informações periódicas que encontravam-se em atraso.

Fusões e aquisições
A Cosan (CSAN3) anunciou na última sexta-feira a assinatura de um memorando de entedimentos para a aquisição da Usina Zanin Açúcar e Álcool pelo valor de R$ 142 milhões, além de assumir dívidas financeiras no total de R$ 236,6 milhões. Bem avaliado pelo mercado, o movimento contribui para a alta de 1,64% das ações da companhia, negociadas a R$ 27,95.

A Duke Energy, controladora da Geração Paranapanema (GEPA4), e a Progress Energy assinaram um acordo para a fusão das empresas através de troca de ações, o que originará uma empresa com valor de mercado de US$ 65 bilhões, além de US$ 37 bilhões em capitalização. Na operação, a Duke Energy assumirá a dívida líquida de aproximadamente US$ 12,2 bilhões da Progress. Os papéis GEPA4, no entanto, não registram nenhum negócio neste pregão, e operam estáveis em relação ao último fechamento, cotados a R$ 40,10.

PDG Realty
A PDG Realty (PDGR3) anunciou seus resultados de vendas referentes ao quarto trimestre de 2010, atingindo o ponto médio do guidance de lançamentos para o ano. No período entre outubro e dezembro de 2010, a empresa obteve vendas contratadas líquidas pro rata de R$ 1,756 bilhão, totalizando R$ 6,520 bilhões em todo o ano.

Enquanto isso os lançamentos pro rata da empresa atingiram o patamar de R$ 2,110 bilhões no quatro tirmestre, ajudando os lançamentos totais a alcançarem R$ 7,005 bilhões em 2010. A previsão da empresa era de que os lançamentos ficassem entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões. Os papéis recuam 1,37% e são negociados a R$ 10,11.

Lojas Americanas
Já a Lojas Americanas (LAME4) pretende comprar a totalidade das ações da B2W (BTOW3) e fechar o capital da companhia, segundo informou o jornal Valor Econômico. Contatada pela InfoMoney, a empresa não confirmou as informações.

A especulação em relação a uma possível aquisição das ações da B2W por sua controladora leva os papéis a serem negociados com expressiva valorização de 6,25%, negociados a R$ 34,00, assumindo com folga a ponta positiva do Ibovespa. Já os ativos preferenciais da Lojas Americanas operam em baixa de 2,56%, a R$ 15,24, um dos destaques de queda do pregão.

Contax
A Contax (CTAX4) está em negociações para uma associação com a Dedic, de modo a definir a estrutura e as condições de uma possível reestruturação societária que resultaria na entrada da Portugal Telecom no capital social da CTX, controladora da Contax, além da integração dos negócios e atividades das Contax e da Dedic, informou a empresa em nota ao mercado.

"Contudo, até o presente momento tais negociações não foram concluídas, não havendo qualquer acordo definitivo entre as partes com relação às referidas reestruturação societária e integração ou suas eventuais condições", alerta a empresa. As ações da companhia registram queda de 1,29%, para R$ 29,80.


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