Publicado por Redação em Previdência Corporate - 07/08/2017

Reforma da Previdência ajudou a colocar o assunto em discussão

Luciano Snel, da Icatu Seguros, acredita que o setor vai crescer com as mudanças



LUCIANO SNEL, PRESIDENTE DA ICATU SEGUROS (FOTO: DIVULGAÇÃO)


Presidente da Icatu Seguros, uma das maiores seguradoras independentes do país em previdência privada, Luciano Snel vê o setor se beneficiando com a reforma da Previdência, que o governo de Michel Temer pretende aprovar até outubro. "O grande benefício é a urgência de se pensar no assunto", diz. Segundo ele, há um movimento crescente de trabalhadores buscando plano privado. A Icatu registrou alta de 315% na captação líquida de previdência nos cinco primeiros meses deste ano, ante o mesmo período de 2016, somando R$ 1,3 bilhão.

Como a reforma da previdência impacta o setor?

O grande benefício da reforma já chegou, que é dar transparência e importância ao tema. Hoje, boa parte dos brasileiros discute o que é a previdência, os pilares dela - governo, empresa e contribuinte -, longevidade e teto de contribuição. O grande benefício é essa urgência de pensar sobre o assunto e tomar alguma decisão a respeito.

Mas quais são os impactos práticos? O setor vai crescer mais?

Acredito que sim. Essa resiliência que o setor conquistou nos últimos anos, mesmo durante a crise, já é fruto do debate sobre a reforma. Já tem um fluxo maior de novos participantes entrando nos fundos de previdência privada.

A reforma deve impulsionar o crescimento da Icatu?

Ela é um "driver". Já começou a dar impacto e acredito que é uma variável importante para o público. Muita gente pensa no tema, mas às vezes posterga a tomada de decisão. A reforma da previdência tem dado senso de urgência para as pessoas fazerem algo a respeito.

O elevado nível de desemprego os obrigou a repensar estratégias para o segmento corporativo?

Como algumas empresas reduziram seu corpo de funcionários, algumas pequenas até fecharam as portas, a gente sentiu em alguns casos uma redução no número (de planos de previdência contratados pelo segmento). Sentimos em diferentes setores em variados momentos. Os setores que mais sentimos no inicio da crise foi o de óleo e gás e o da construção civil. No de óleo e gás, multinacionais que tinham acabado de se instalar no Brasil, encerraram seus planos previdenciários porque fecharam as operações aqui.

Há algum sinal de retomada na área?

A impressão é que o pior já passou. No fim do primeiro semestre, começamos a ouvir o empresariado voltando a falar de investimento, futuro, captações e emissões de dívidas lá fora. 

Fonte: Época Negócios
 


Tags: reforma-da-previdencia


Posts relacionados

Previdência Corporate, por Redação

Decisão sobre desaposentadoria pode afetar regime da Previdência

No Brasil, cerca de 500 mil aposentados trabalham e ainda contribuem para a Previdência Social. Parte deste grupo, nos últimos anos, procurou a Justiça para revisar o benefício e, depois, a partir de um novo cálculo, ganhar mais com uma nova aposentadoria.

Previdência Corporate, por Redação

Itaú incentiva previdência para educar jovens

O fundo de previdência para jovens do Itaú, o First, cresceu 31% nos últimos doze meses e alcançou R$ 1,5 bilhão em volume de recursos. É o principal produto que a instituição financeira está incentivando para pais formarem a poupança dos filhos.

Previdência Corporate, por Redação

Municípios de alagoas ganham novas agências da previdência social

Moradores dos municípios de Craíbas e Igreja Nova, ambos em Alagoas, não precisarão mais se deslocar da sua cidade de origem para requerer benefícios previdenciários.

Deixe seu Comentário:

=