Publicado por Redação em Notícias Gerais - 26/02/2015

Rodízio em SP traria risco de contaminação da água, diz diretor da Sabesp

O diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, afirmou nesta quarta-feira (25) que a implantação de um rodízio de água em São Paulo traria riscos de contaminação. "Os riscos são muito altos, seja de contaminação, seja de rompimento da tubulação, seja de provocar um desconforto na população".

A declaração foi feita durante sessão da CPI da Sabesp na Câmara Municipal de São Paulo. Segundo Massato, o fechamento total das tubulações poderia permitir a entrada de agentes contaminantes e provocar problemas de saúde como disenteria. "Se a rede fica despressurizada, principalmente em regiões de topografia acidentada, nos pontos onde a tubulação está em declive, se o subsolo tem água contaminada, ela succiona, aumenta o risco de contaminação", explicou. "Existem formas de manter esse controle, temos laboratórios de controle de qualidade. Portanto, temos ferramentas, caso isso venha a acontecer, para desinfectar a rede contaminada e voltar com a rede normal".

Por causa desses riscos, a Sabesp diz tratar o rodízio como "última alternativa" diante do colapso no abastecimento de água. "Com todo o avanço que tivemos, de tecnologia e melhoria nas nossas redes, achamos melhor fazer a redução de pressão do que implantar o rodízio", disse Massato em seu depoimento.

 Na mesma sessão da CPI, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, declarou que acredita "que não será necessário fazer o rodízio". "Na hipótese de rodízio, a população será avisada com grande antecedência. Ninguém fará isso da noite para o dia".

A decisão sobre a implantação ou não de rodízio nos próximos meses deverá ser tomada no fim de março, quando termina o período de chuvas.
Perdas

Massato afirmou que as perdas nas redes da Sabesp na região metropolitana de São Paulo estão em 28,9%. "Hoje, a região metropolitana tem índice de perdas compatível com a cidade de Londres e está um pouco abaixo de Paris", disse.

Ele explicou que a Sabesp prioriza a substituição de ramais domiciliares, por serem responsáveis por 92% das perdas de água. "Estamos trocando onde deve ser trocado, mais de 200 mil ramais por ano", declarou.

"Uma boa parte das nossas tubulações é antiga, mas o mundo também não trocou tubulações. É importante que se aumente a quantidade de troca de rede, mas tem que ser com muito critério".

Massato apresentou ainda dados preliminares da redução de consumo em fevereiro e mostrou que 81% dos clientes aderiram ao programa de bônus e reduziu o consumo, enquanto 19% continuam a consumir acima da média de 2013.

Fonte: UOL (Com Estadão Conteúdo)


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