Publicado por Redação em Dental - 07/08/2015

Saiba como seu dentista pode ajudar a acabar com o ronco

Anatomia da boca, sobrepeso, idade avançada e consumo de alcool são alguns dos fatores que influenciam a ocorrência de casos de apineia

O dentista pode ajudar a diagnosticar o problema e fazer um aparelho que facilita a respiração durante a noite

Como a anatomia da boca é um dos fatores que contribuem para o ronco, o dentista deve saber diagnosticar o problema, realizar exames e indicar as melhores formas para tratar o paciente.

Quando a pessoa ronca os músculos do céu da boca, a língua e a garganta relaxam e fecham parcialmente a via respiratória. “Com o estreitamento dessa via, o fluxo de ar torna-se mais forte, aumentando as vibrações dos tecidos moles durante o sono mais profundo, o que causa o ruído do ronco”, diz Sérgio José Nunes, cirurgião-dentista e coordenador do curso Tratamento do Ronco e Apneia do Sono pelo Dentista da APCD.

Segundo o especialista, existem alguns fatores que predispõem as pessoas a roncar durante a noite. “Anatomia da boca, sobrepeso, idade avançada, consumo de álcool ou remédios para dormir, hipertrofia das amígdalas, desvio de septo nasal, sedentarismo, entre outros”, diz Sérgio.

O ronco pode causar outros problemas bucais, o que só torna a participação do dentista nesse tratamento ainda mais fundamental. “Se há ronco geralmente a respiração noturna é bucal. Com isso, há um posicionamento mais baixo da língua deixando a arcada superior mais estreita. Essa condição facilita o surgimento da mordida cruzada e a possibilidade de dentes tortos. Este tipo de respiração também pode provocar ressecamento gengival e uma possível inflamação”, diz Sérgio.

Além de tratar esses desdobramentos bucais do ronco, o dentista pode ajudar a combater o ruído melhorando o posicionamento da arcada dentária. “Às vezes há a necessidade de uma cirurgia ortognática (correção das deformidades esqueléticas da região buco-maxilo-facial)”, diz o especialista.

Apneia do sono
Além de desagradável, o ronco é considerado um indicador importante de que a apneia pode estar presente. Esse distúrbio, que é mais comum do que se imagina – um terço da população adulta sofre com ele –, se caracteriza pela obstrução recorrente da faringe, fazendo com que a pessoa pare de respirar por alguns momentos durante o sono.

“É importante que o cirurgião-dentista saiba interpretar uma polissonografia (exame para identificar distúrbios do sono), bem como as principais manifestações da apneia do sono, pois assim, pode ser devidamente identificada e prevenida, evitando seus desdobramentos: não só o ronco alto e constrangedor, como também o sono fragmentado e a sonolência diurna”, diz Geraldo Lorenzi Filho, coordenador do Núcleo Interdisciplinar da Ciência do Sono de São Paulo.

Nesses casos, o dentista pode indicar o uso de placas de avanço mandibular durante a noite. Essas placas ou aparelhos intra-orais normalmente são planejados por um ortodontista e podem ser usados por tempo indeterminado. “Esse dispositivo ajuda a reposicionar a língua dentro da boca deixando a faringe mais livre para passagem do ar”, diz Sérgio.

Fonte: Terra Saúde Bucal


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