Publicado por Redação em Saúde Empresarial - 16/08/2012

Sedentarismo: uma epidemia responsável por várias doenças.

Você sabe que precisa se movimentar, praticar alguma atividade física, perder peso, ou, às vezes, as duas coisas juntas. Você tenta, dá inicio a vários projetos, mas, simplesmente, não consegue dar continuidade e não tem sucesso nas tarefas. Muitas pessoas se identificam com a descrição acima. Por quê?

A psicóloga Carla Di Pierro diz que uma abordagem que pode mudar este cenário é passar a encará-lo como um problema de saúde, que precisa de tratamento. E a ajuda pode vir da psicologia.

Deixar o sedentarismo de lado e aderir a alguma atividade física está na lista de objetivos de praticamente todas as pessoas que pouco se movimentam. Nem todos têm sucesso. Por quê? “Todos batem nessa tecla hoje, que é preciso praticar exercícios, porém, para alguém que é sedentário, que não tem relação prazerosa com nenhum esporte, o ínicio pode ser desconfortável, e a pessoa tem muita dificuldade de sair de sua zona de conforto. Elas estão insatisfeitas com suas vidas, seus corpos, mas acham que é difícil, ou quase impossível, mudar”, explica Carla Di Pierro, psicóloga e analista do comportamento. Uma abordagem que pode alterar essa situação é tratar o sedentarismo como uma espécie de doença, que precisa de tratamento como outra qualquer. A boa notícia é que há como tratar o problema.

Mais do que modismo atual, e preocupações estéticas à parte, praticar atividade física e perder peso, algo que está bastante relacionado ao sedentarismo, são questões fundamentais para uma boa saúde. Ficar parado adoece, sobrepeso adoece. Dados de pesquisa do IBGE mostram que a obesidade já é epidemia no Brasil. Cerca de 48% das mulheres e 50% dos homens acima de 20 anos no país estão acima do peso. Levantamento de 2008 do Instituto mostrou que apenas 10,2% da população acima de 14 anos pratica alguma atividade física.  

Especialista em Psicologia do Esporte e acostumada, há mais de uma década, a cuidar de atletas de alto rendimento e amadores, atuando neste momento como psicóloga do Time Brazil do COB (projeto com atletas de ponta para as Olimpíadas do Rio 2016),Carla Di Pierro tem voltado,também,sua atenção para a outra ponta desse cenário – a dificuldade de muitas pessoas em deixar de serem sedentárias. E da mesma maneira que a psicologia pode fazer muito por atletas que querem ter sucesso na carreira, pode auxiliar os que não conseguem se relacionar bem com atividades físicas.

Carla Di Pierro desenvolveu um programa de adesão à atividade física, com técnicas da psicologia, para ajudar pessoas que querem mudar de vida, mas não encontram a motivação adequada para levar o projeto em frente.

Em linhas gerais, Carla usa em seu programa uma técnica de estabelecimento de metas para quem quercomeçar e, mais díficil, manter-se em uma atividade física, perder peso e se sentir saudável. “Há ferramentas para ajudar essas pessoas a mudarem seus padrões de comportamento”, diz Carla.

“Mudar um hábito diz respeito a uma mudança de funcionamento que há anos está instalado, a partir de muitas histórias, o que nos torna seres muito complexos, porém com muito potencial. Apesar de não ser possível apagar nenhuma das histórias, temos a capacidade de construir novas histórias a partir da já existente. Para isso é necessário abrir a possibilidade de ver, sentir e fazer diferente, sair do familiar, do óbvio e entrar em contato com o novo”.

“E não é somente a parte da saúde que pode melhorar, há muitos reflexos positivos na parte emocional, como o aumento da autoestima”, acrescenta. "É preciso sair da zona de conforto, as mudanças acontecem quando você está fora dela”.

Sobre Carla Di Pierro

Carla Di Pierro, 33 anos, é formada em Psicologia pela PUC-SP, e especialista em Psicologia do Esporte e Clínica Analítico Comportamental, com experiência de mais de uma década no atendimento de atletas de alto rendimento e amadores. Atualmente, Carla atua como psicóloga do Time Brasil, projeto do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para preparação de atletas de ponta para as Olimpíadas do Rio 2016. Com foco em saúde, Carla desenvolveu também um programa com técnicas da psicologia para ajudar pessoas que desejam deixar o sedentarismo e perder peso. Sempre envolvida com esportes na vida pessoal, é triatleta há 15 anos, com participação em vários Ironman, a prova mundial mais difícil da modalidade.

Fonte: www.midiasport.com.br


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