Publicado por Redação em Vida em Grupo - 06/03/2015

Seguro de vida: é melhor tê-lo?

Os seguros de vida são instrumentos com uma péssima fama. Provavelmente devido à forma com que são vendidos hoje em dia. Bancos quase te obrigam a contratar um ao abrir contas, solicitar serviços, ou ter a audácia de ser atendido presencialmente. Ou atender seu próprio telefone, dependendo do tamanho da meta do seu gerente. Até varejistas costumam tentar empurrar garantias estendidas que dão prêmios e etc. Nada mais são que uma forma de seguro disfarçado.

Não é à toa: seguros são produtos extremamente rentáveis. Assim como seguradoras, quando gerenciam bem o seu risco. Não são muitos os negócios onde se é pago adiantado pela mera possibilidade de ter que entregar algo. E, ainda melhor: é o dinheiro dos outros clientes que paga àqueles que precisam receber. Esta foi uma descrição bastante simplificada, mas é basicamente como funcionam.

Minha intenção não é discutir seguradoras como investimento. Boa parte de vocês que estão lendo isto já têm sua opinião formada sobre as seguradoras em bolsa, e provavelmente sabem até mais do que eu sobre elas. Mas, e pela ótica do cliente? Será uma boa ter sempre um seguro? Melhor não ter nenhum? E para quê ter um seguro? O foco aqui é o seguro de vida contra acidentes pessoais e morte. O seguro patrimonial/veículos eu falo em outra oportunidade.

Morte é um assunto dado como tabu, a resposta padrão quando alguém recebe uma oferta de seguro de vida é “não pretendo morrer agora”. Como se alguém tivesse na agenda o compromisso “morrer na quinta”. Para os solteiros sem filhos que não precisam sustentar parentes, o seguro não tem atratividade nenhuma. Mas se você tem responsabilidade sobre outra pessoa, é necessário pensar bem se não é o caso.

Um das péssimas impressões que se tem do produto é a de que se a pessoa se acidentar ou morrer a indenização é como um tíquete de loteria para o beneficiário. A ideia do seguro não é compensar a falta de ninguém com rios de dinheiro, até porque seguros não costumam pagar valores extremamente altos. Não sem uma contrapartida (o prêmio) também alta.

O uso mais, digamos assim, correto seria parecido com o da reserva de emergência. Pense no seguro como a reserva de emergência da reserva de emergência! Mas por quê? Todo mundo já deve ter ouvido falar de espólio. No caso a divisão de bens do falecido entre os devidos beneficiários. Acredito que a maioria também já tenha ouvido falar o quanto este processo é demorado. Um amigo advogado especialista na área me disse uma vez que se toda a documentação estiver perfeita, e ocorrendo o alinhamento correto dos planetas, um espólio demoraria aproximadamente DOIS ANOS. São dois anos com o dinheiro parado onde estiver, sem poder ser movimentado.

Por isso, para quem possui dependentes financeiros, principalmente sem renda própria, o seguro funcionaria como a reserva antes da reserva: Para que os dependentes possam manter as contas em dia enquanto o processo do espólio corre na justiça e se planejam e reorganizam à nova dinâmica financeira da família. Portanto, um das formas de se calcular o “valor justo” do seguro, seria escolher um que pagasse pouco mais de vinte e quatro vezes as despesas mensais médias da família, ou dois anos de despesas (já que algumas são anuais e de difícil mensuração mensal). Caso tenha dívidas, é prudente que um valor para quitação da mesma seja incluída no cálculo. Como o seguro não entre em espólio, os dependentes o receberão após a entrega e análise de alguns documentos.

Portanto, resumindo: como uma ferramenta de planejamento financeiro e, de certa forma, sucessório, o seguro de vida é um produto indispensável para quem tem dependentes financeiros e deseja que estes tenham certa segurança financeira durante o período inicial de sua ausência.

Fonte: https://investidorcasado.wordpress.com


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