Publicado por Redação em Notícias Gerais - 13/05/2015

Joaquim Levy diz esperar que desaceleração seja 'temporária'

O Ministro da fazenda Joaquim Levy tem como prioridade sustentabilidade financeira

Disciplina fiscal continua sendo 'pilar central' da política econômica do país. Ministro da Fazenda está em Londres e falou a investidores.

Falando a investidores em Londres, Levy afirmou que a disciplina fiscal é necessária para proteger a economia contra os efeitos inflacionários da depreciação do real, algo sobre o qual o Banco Central deve continuar "bastante vigilante".

"O Brasil está passando por um período de ajuste econômico. Nossa prioridade tem sido garantir a sustentabilidade das finanças públicas como a base de um novo ciclo de crescimento", disse Levy em apresentação na bolsa de valores de Londres.

"Esperamos que a atual desaceleração de nossa economia seja temporária. Estou confiante de que até o próximo ano começaremos a ver resultados", completou.

Analistas consultados na pesquisa Focus do BC projetam contração do Produto Interno Bruto neste ano de 1,20%, o que seria o pior resultado em 25 anos e a primeira contração desde 2009. A expectativa para a inflação é de 8,29%, bem acima do teto da meta do governo, de 4,5% com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Em abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que a economia brasileira vai encolher 1% em 2015, e avaliou na terça-feira que o objetivo do Banco Central de levar a inflação para o centro da meta em 2016 exigirá um aperto adicional na política monetária neste ano.

Levy reiterou que o governo vai em busca de sua meta de superávit primário, algo que o FMI disse ser crucial para reconquistar a confiança dos investidores.

Ele acrescentou que a economia brasileira é flexível o suficiente para garantir que o atual ajuste, como outros na história recente, seja relativamente curto. A confiança empresarial deve começar a melhorar nos próximos meses, disse.

Levy afirmou ainda que o governo busca levar os gastos discricionários de volta aos níveis de 2013. Ele ainda destacou que o Brasil precisa reduzir os encargos com a dívida devido ao peso sobre o crescimento, pedindo que o Banco Central permaneça vigilante em relação à inflação.

É a "clara responsabilidade do Banco Central permanecer bastante vigilante... para que qualquer mudança nos preços que aconteça não se traduza em um processo inflacionário", disse o ministro.

Ajuste fiscal
No ano passado, o governo gastou bem mais do que arrecadou. Fechou no vermelho, criando o maior rombo (déficit) nas contas públicas da história. Não sobrou dinheiro nem para pagar os juros da sua dívida – o chamado “superávit primário” – uma segurança de que o país não dará calote.

Para tentar salvar as finanças do governo em 2015, a presidente Dilma Rousseff convocou uma nova equipe econômica. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prometeu arrumar as contas públicas até o fim do ano. Criou então a ambiciosa meta de um superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 66,3 bilhões para todo o setor público (estados, municípios e estatais).

Mas para isso, ele avisou que seriam feitos vários sacrifícios. O ajuste fiscal chegou a ser chamado de “saco de maldades”, mas Levy deixou claro que esse seria o único caminho possível para retomar o crescimento e evitar uma situação pior.

Na prática, o “aperto” consiste em duas ações: cortar despesas do governo e elevar a arrecadação.

Fonte: Portal G1


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Bovespa: saldo é positivo em R$ 770 mi na 1ª semana do ano

A Bovespa registrou a entrada líquida de R$ 770,983 milhões em recursos de investidores estrangeiros na primeira semana do ano. No período, esses investidores movimentaram R$ 9,520 bilhões em compras e R$ 8,749 bilhões em vendas.

Notícias Gerais, por Redação

Mercado interno puxa altas da Bovespa

A Bovespa (Bolsa de Valore de São Paulo) entrou no último mês de 2011 com queda acumulada de 17,94%. Isso não significa, porém, que todos os investidores do mercado tenham perdido dinheiro neste ano.

Notícias Gerais, por Redação

Brasil está perto do pleno emprego,afirma diretor do BC

O diretor de política econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, disse hoje que a recente evolução do mercado de trabalho aponta para uma situação que se aproxima do pleno emprego.

Deixe seu Comentário:

=