Publicado por Redação em Dental - 12/09/2013

Agenesia: falha genética diminui os dentes da arcada

Apesar de comum, a agenesia é desconhecida pela maioria das pessoas. A anomalia dentária não é considerada uma doença, já que é caracterizada pela ausência de um ou mais dentes na arcada. 

Na população brasileira, a agenesia atinge de 2% a 5% das pessoas – dependendo do dente afetado e excluindo os terceiros molares (dente do siso) que gira em torno de 20% a 30%. De acordo com os estudos realizados, os dentes mais afetados na dentição permanente são os segundos pré-molares inferiores seguidos pelos incisivos laterais superiores. Na dentição decídua (de leite), este número varia entre 0,4 a 1%, afetando principalmente os incisivos superiores. 

A agenesia unilateral é mais comum do que as bilaterais. São classificadas quanto ao número de dentes envolvidos: hipodontia – ausência congênita de menos de seis dentes permanentes, oligodontia – mais de seis dentes e anodontia – ausência de todos os dentes permanentes.

Segundo o professor Cássio José Fornazari Alencar, especialista em Odontopediatria pela USP, a relação entre a agenesia de um dente de leite e a presença/ausência de seu sucessor permanente ainda é um assunto controverso. “Porém é possível afirmar que as taxas de prevalência de agenesia em ambas as dentições são significativamente mais elevadas em mulheres. Já a presença de mais dentes (supranumerários) é mais prevalente em meninos do que em meninas”, diz.

Causas
A teoria mais aceita para explicar a agenesia dentária é a alteração na expressão de genes específicos, sendo o MSX1, AXIN2 e PAX9 os mais estudados. “As ausências dentárias congênitas podem ocorrer como uma condição isolada ou estar associadas com uma condição sistêmica ou síndromes: Displasia do ectoderma, Síndrome de Down e fissuras palatinas”, afirma.
 
Além das causas genéticas, existem fatores ambientais que podem estar ligados à agenesia. Infecções como rubéola e sífilis, diferentes tipos de traumatismos, uso de substâncias químicas ou drogas, quimioterapia e radioterapia são alguns desses fatores. 

Diagnóstico
Quem tem a alteração genética leva uma vida normal em relação à saúde bucal, que depende principalmente da higienização. Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito por meio de radiografias. “Daí a importância de radiografar crianças em torno de 5 anos, quando pode-se fazer o diagnóstico precoce e direcionar o possível tratamento ou prognóstico”, diz Alencar. Antes dessa idade, o diagnóstico é feito pela sequência de erupção dentária. “Por isso é recomendado o acompanhamento da erupção de dentes de leite, na primeira infância, pelo odontopediatra”.

O acompanhamento profissional também ajudará no acompanhamento do crescimento dos dentes. O paciente com quebra de dentes na sequência de erupção, por exemplo, pode ter um dente congenitamente ausente. Um sinal de herança genética da ausência de dentes seria a presença dentes com formatos conóides – menores que o normal e em formato de cone –, principalmente de incisivos laterais superiores.

Tratamento
A decisão de extrair o dente de leite e fechar o espaço ortodonticamente, ou de abrir espaço para colocação de uma prótese ou implante são algumas das possíveis saídas para o problema. “A idade do paciente, a forma e posição do dente, a oclusão da criança, a quantidade de ‘apinhamento’ dentário – posição inadequada dos dentes – e até a qualidade e quantidade de osso na região da ausência são fatores que influenciam a decisão do profissional”. 

Fonte: Terra


Posts relacionados

Dental, por Redação

Conheças 5 efeitos do estresse na saúde bucal

Contas para pagar, chefe, trânsito. Muitos são os gatilhos para desencadear o estresse e, a partir daí, as consequências para organismo são inúmeras.

Dental, por Redação

Veja se seu filho precisa de um mantenedor de espaço

Quando uma criança perde ou extrai dentes de leite (dentição primária ou decídua) precocemente devido a cárie, é possível que ela precise usar mantenedores de espaço.

Dental, por Redação

Doenças periodontais podem estar ligadas à obesidade

Muitos médicos consideram que a obesidade é uma doença crônica. Sabe-se que os números relativos à obesidade estão aumentando nos Estados Unidos e que mais e mais jovens estão se tornando obesos devido à má-nutrição e hábitos pouco saudáveis.

Dental, por Redação

Sai pra lá, gengivite!

O problema afeta uma em cada duas pessoas e seu sintoma clássico é o sangramento das gengivas, durante a escovação ou no momento de usar o fio dental.

Deixe seu Comentário:

=