Publicado por Redação em Dental - 08/06/2011

Ajustes em aparelhos ortodônticos ativam estruturas do cérebro relacionadas à dor

Da Redação, Agência USP

Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP mostrou a relação entre os ajustes realizados nos aparelhos ortodônticos e as estruturas cerebrais.

Quando o aparelho é apertado pelo dentista, as estruturas nociceptivas - aquelas que captam os sinais de dor - são ativadas mais intensamente. Nos dias que se seguem ao aperto no aparelho, quando a força imposta no ajuste se prolonga, há um aumento gradual da participação de estruturas antinociceptivas, ou seja, aquelas que filtram a dor.

O estudo pode contribuir para estabelecer qual é o momento ideal para a aplicação de analgésicos. No futuro, será possível saber se eles são necessários e quando administrá-los.

Para entender como ocorre o processamento sensorial no cérebro em função da força aplicada, foram colocados aparelhos ortodônticos em ratos e simulada a movimentação feita em humanos. "Quanto maior a movimentação, mais neurônios eram ativados", relatam as professoras Maria José Alves da Rocha e Maria Bernadete Sasso Stuani, pesquisadoras envolvidas no estudo. Esse processo foi realizado de tempo em tempo, de forma a simular os períodos em que o aparelho de um paciente é movimentado.

Para detectar quais neurônios foram ativados nesse processo, foi utilizada uma técnica que possibilita, após o sacrifício dos roedores, a identificação de uma proteína presente no cérebro do animal que marca onde ocorreu a ativação neural. Verificou-se que várias áreas relacionadas à dor estavam ativadas. "Mas não sabemos se existe alguma relação entre o número de neurônios ativados e determinada movimentação do osso", conta Maria José. "Isso ainda não foi possível detectar, mas no futuro talvez haja essa possibilidade."

Dor subjetiva
Segundo Maria Bernadete, o maior desconforto na movimentação ortodôntica acontece nos primeiros dias. A movimentação num adulto tem que ser mais suave, pois "adultos sentem mais dor do que a criança, já que seu osso é mais compacto", explica a professora. "Mas a dor é algo muito subjetivo".

Maria Bernadete lembra que para cada paciente é preciso aplicar uma força específica, pois as arcadas dentárias têm necessidades diferentes de quantidade de força. Esse processo é estabelecido por meio de um amplo estudo radiográfico sobre a estrutura bucal do paciente, a partir do que se estabelece a movimentação que será necessária.

Fonte: odontologika.uol.com.br | 08.06.11


Posts relacionados

Dental, por Redação

Sensibilidade nos dentes, entenda

Quando escovamos os dentes, consumimos comidas e bebidas ácidas temos aquela aflição, pois sentimos os dentes sensíveis. Este problema afeta cerca de 40 milhões de adultos só nos Estados Unidos.

Dental, por Redação

DF terá mais equipes do Programa Brasil Sorridente

Os serviços serão anunciados pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no dia 11 de setembro, às 10h, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - Fepecs (W/3 Norte quadra 501).

Dental, por Redação

Escovar os dentes diminuiu riscos de pneumonia, diz estudo

Escovar os dentes não previne apenas doenças na gengiva, mas também reduz os riscos de pneumonia. É o que destaca novo estudo realizado por cientistas da Universidade de Medicina de Yale.

Deixe seu Comentário:

=