Publicado por Redação em Notícias Gerais - 24/02/2014

Bancos buscam ampliar microcrédito em mais regiões do país



 Duas instituições financeiras miram ampliar a concessão de microcrédito no Nordeste e Centro-Oeste do país, hoje mais concentrado na região Sudeste.
 
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) negocia parceria com agências de fomento, cooperativas e Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, criadas por iniciativa privada e reconhecidas pelo poder público federal) do Amapá e de Mato Grosso.
 
O banco liberou R$ 520,3 milhões entre 2005 e 2013 a instituições e entidades que emprestam esse crédito ao cliente final.
 
No setor privado, o banco Santander, que chegou a região Norte após parceria com a Accion Internacional, uma das maiores empresas do mundo do segmento de microfinanças, deve anunciar em breve novo projeto no setor.
 
A Accion, com negócios em 32 países por meio 62 instituições, se instalou em Manaus (AM) há cerca de dois anos.
 
"São regiões em que a população ainda está menos bancarizada e têm atraído a atenção dos que atuam no segmento de microcrédito", diz Paulo Roberto Monteiro, gerente do departamento de Economia Solidária do BNDES.
 
Os custos em manter agentes de crédito que vão até os que necessitam de empréstimo e precisam de acompanhamento na concessão do financiamento ainda encarecem as operações e dificultam a expansão principalmente no setor privado, avalia Monteiro.
 
O repasse do BNDES ao setor chama atenção, apontam outras entidades que atuam nesse mercado.
 
"Apesar de ter abrangência nacional, o banco emprestou metade do que o banco do povo paulista emprestou somente no Estado de São Paulo", diz Antonio Sebastião Teixeira Mendonça, diretor-executivo do Banco do Povo Paulista, ao se referir a cifra de R$ 1,46 bilhão emprestados nos últimos 15 anos ante os R$ 520,3 milhões desde 2005.
 
CRÉDITO PARA GERAR RENDA
 
No programa de microcrédito orientado produtivo, os recursos devem ser aplicados em uma atividade que permita a geração de renda a empreendedores de baixa renda. O financiamento não é feito apenas para consumo.
 
A baixa procura por esse tipo de empréstimo no Brasil é resultado, na avaliação de alguns especialistas que atuam nesse segmento, do fato do crédito ser mais acessível ao consumidor no país.
 
"O CDC, crédito direto ao consumidor, hoje é feito na boca do caixa eletrônico. O acesso é rápido por isso algumas vezes o empreendedor opta em escolher outras formas de se financiar que não é o microcrédito", diz Jerônimo Ramos, superintendente de Microcrédito do Santander.
 
Um dos maiores entraves detectados pelas instituições públicas e privadas para conceder financiamentos aos empreendedores informais e formais que necessitam de microcrédito é o fato de muitos deles ter restrições em cadastros de proteção ao crédito e de devedores
 
 
Fonte:Folha.com - São Paulo/SP - MERCADO


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