Publicado por Redação em Notícias Gerais - 28/05/2014

BC decide hoje taxa de juros; analistas esperam que Selic fique em 11%

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) vai anunciar na noite desta quarta-feira (28) sua decisão sobre a Selic, a taxa básica de juros. A reunião começou na terça-feira.

Segundo o Boletim Focus, publicado na segunda-feira (26), a maioria dos economistas consultados pelo BC espera que a taxa seja mantida nos atuais 11%, dando fim a um ciclo de altas que se estende desde meados do ano passado.

Em março de 2013, os juros estavam na mínima histórica de 7,25%; desde então, o BC subiu a taxa em 3,75 pontos percentuais para tentar segurar a alta dos preços.

Foram nove aumentos seguidos. Na primeira vez, em abril de 2013, a alta tinha sido de 0,25 ponto percentual. Nas seis reuniões seguintes, o BC acelerou o ritmo e subiu os juros em 0,5 ponto percentual. Em fevereiro, voltou a reduzir o ritmo da alta para 0,25 ponto percentual. Na última reunião, em abril, a alta também foi de 0,25 ponto percentual.

Entre os economistas consultados em pesquisa pela agência de notícias Reuters, 48 de um total de 58 dizem acreditar que o BC vai manter as taxas de juros nesta reunião.

A avaliação é de que o BC espera já ter feito o suficiente para controlar a inflação. Segundo alguns economistas, no entanto, interromper o ciclo de altas dos juros agora, quando a inflação ainda está alta, pode arranhar a credibilidade do BC e forçar novos aumentos da Selic em menos de um ano.

Reunião do Copom

No primeiro dia das reuniões do Copom, os chefes de departamento apresentam uma análise da conjuntura brasileira, com dados sobre a inflação, o nível de atividade econômica, as finanças públicas, a economia internacional, o câmbio, as reservas internacionais, o mercado monetário, entre outros assuntos.

No segundo dia, participam da reunião os diretores e o presidente do BC. O chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas também participa, mas sem direito a voto. Após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para definir a Selic, os diretores e o presidente definem a taxa.

Assim que a Selic é definida, o resultado é divulgado à imprensa. Na quinta-feira da semana seguinte, o BC divulga a ata da reunião, com as explicações sobre a decisão.


Entenda como os juros são usados para controlar a inflação

Uma economia aquecida em geral é bom para todos: há mais vendas para os empresários e mais empregos para os trabalhadores.

No entanto, se há muita procura de produtos, eles podem ficar escassos e passarem a custar mais caro, causando inflação.

O Brasil possui um sistema de metas para inflação que foi instituído em junho de 1999 pelo Banco Central (BC). O indicador considerado é o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic.

Assim, caso o BC observe que a inflação corre o risco de superar a meta, a tendência é elevar os juros.

A taxa de juros foi o instrumento escolhido pelo governo, pois ela determina o nível de consumo do país, já que a taxa Selic é utilizada nas transações bancárias e, portanto, influencia os juros de todas as operações na economia.

A Selic é utilizada pelos bancos como um parâmetro. A partir dela, as instituições financeiras definem quanto vão cobrar por empréstimos às pessoas e às empresas.

Caso os juros do país estejam altos, o consumidor tende a comprar menos, porque a prestação de seu financiamento vai ser mais alta. Isso reflete na queda da inflação.

Segundo a lei da oferta e da procura, quanto maior a demanda por um determinado produto, mais elevado é o seu preço.

Do contrário, se uma mercadoria ou serviço não forem tão procurados, o preço tende a cair para atrair mais compradores.

Fonte: Uol (Com Reuters e Agência Brasil)


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