Publicado por Redação em Vida em Grupo - 23/03/2012

Brasil é um dos mercados mais sofisticados em seguro de vida, diz pesquisador

O Brasil é o mercado mais sofisticado quando se fala em seguro de vida, pelo menos entre os países da América Latina analisados no estudo "El Seguro de Vida em América Latina", desenvolvido pelo pesquisador Camilo Pieschacón e apoiado pela Fundación Mapfre. Segundo o autor, o mercado brasileiro de seguro de vida chega até ser mais sofisticado que o inglês, pela formatação de alguns produtos. "O Brasil tem um ramo importante que vem da França, a capitalização. Isso não existe na Inglaterra, o que deixa o Brasil com produtos mais sofisticados. Aqui há muitos produtos que combinam vida e capitalização", comparou Pieschacón.
 
Ele lamentou a pouca importância dada ao seguro de vida na América Latina. "A América Latina representa 8,45% da população mundial. Essa região tem um PIB que só representa 6,75% do total mundial. Os prêmios emitidos na região equivalem a 2,73% do total global, sendo 1,87% de vida e 3,88% de seguros patrimoniais. Os seguros gerais estão mais desenvolvidos do que o seguro de vida na América Latina", disse. De acordo com Pieschacón, a penetração do seguro de vida na América Latina é cerca de um quarto.
 
Para ele foi difícil reunir dados estatísticos porque cada país tem uma terminologia e diferente para o seguro de vida. Além disso, não existem estatísticas homologadas sobre o seguro em todo o continente e os países não atualizam os dados existentes na mesma época. "Ou seja, quando acaba-se de reunir os dados de um país, outro divulga novos números", comentou.
 
Uma das principais explicações para o seguro de vida não ter se desenvolvido de forma uniforme é a colonização diferenciada. No caso do Brasil, as primeiras seguradoras que vieram para as terras tupiniquins tinham como foco proteger o comércio e não a vida. Além disso, nem Portugal nem Espanha tiveram uma tradição tão liberal quanto a Inglaterra e outros países anglo-saxões em relação ao seguro de vida. "A Igreja Católica proibia o seguro de vida, pois era especular sobre a vida. Já os anglo-saxões pensavam diferente", disse Pieschacón. Outro obstáculo para a expansão do seguro de vida - e que persiste até hoje - é a cultura machista, pois os homens não querem que a mulher fique com o dinheiro após sua morte.
 
Apesar disso, o pesquisador contou que a confiança aumentou praticamente em todos os países na América Latina, o que contribui para a expansão do seguro de vida. "O Brasil é o único país que aumentou a participação no mercado desde 1980. Mais do que dobrou sua participação. Nenhum outro país da América Latina conseguiu isso", afirmou. De acordo com Pieschacón, o Brasil ocupa posição importante na distribuição através de bancos. O aumento da renda da população e o crescimento da classe C são apontados como incentivadores da demanda pelo seguro de vida.[2]
 
Porém, ele frisou que "na maioria dos países latinoamericanos, o seguro de vida não recebe o estímulo que deve. O governo deveria dar incentivos fiscais para a disseminação dessa proteção".

Fonte: segs


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