Publicado por Redação em Notícias Gerais - 07/12/2011

China quer focar em emergentes contra desaceleração de exportações

A taxa anual de crescimento das exportações chinesas desacelerou em novembro na comparação com outubro, disse nesta quarta-feira o vice-ministro do Comércio, Chong Quan, confirmando expectativas do mercado de que a deterioração das condições externas está afetando a segunda maior economia do mundo.

Uma combinação de elevadas pressões domésticas de custo e a falta de melhora nas economias europeia e americana aponta para "severas" condições para os exportadores chineses no próximo ano, afirmou a autoridade de comércio exterior do ministério, Wang Shouwen.

Segundo ele, "a demanda de Europa e EUA não se recuperará significativamente" em 2012, o que apresenta um "sério desafio" para a China, o maior exportador do mundo e que tem Washington e Bruxelas como seus principais parceiros comerciais.

As visões ganharam mais peso depois que a influente Academia Chinesa e Ciências Sociais divulgou previsões para 2012 estimando que a economia terá a expansão mais fraca em mais de uma década.

Os dados oficiais, que serão divulgados no sábado, devem mostrar que as exportações em novembro cresceram em seu menor ritmo anual em dois anos, excluindo a anômala queda em fevereiro, quando o feriado do Ano Novo Lunar reduziu a atividade.

Diante das perspectivas desanimadoras, a China buscará aumentar as exportações voltadas aos países em desenvolvimento no ano que vem, segundo Wang, citado pela imprensa oficial.

"A China buscará exportar mais para os países em desenvolvimento", insistiu, lembrando que nos últimos dois meses o crescimento das exportações nacionais sofreu uma freada significativa devido à queda da demanda internacional.

Wang, no entanto, também citou problemas internos como fatores que influenciaram essa queda das exportações, como a valorização do iuane e o aumento dos custos da mão de obra.

Por conta disso, o país aumentará o ritmo de reajuste de sua estrutura de comércio exterior, apoiando a criação de marcas, a pesquisa e o desenvolvimento, além de criar mais canais para a venda.

A China teve as exportações como principal motor para sustentar um crescimento anual em torno de 10% nos últimos 30 anos. Apesar disso, Pequim planeja mudar esta estrutura econômica e ter em alguns anos o consumo interno como maior responsável por seu crescimento, como forma de se tornar mais resistente a crises internacionais.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br|07.12.11


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