Publicado por Redação em Vida em Grupo - 04/09/2014

Classes C e D desafiam o mercado segurador

Dar continuidade ao crescimento acelerado registrado na última década (de 2003 a 2013, quando o desempenho inflou em 240%) e ganhar mais espaço no mercado são os principais desafios do setor de seguros brasileiro para os próximos anos. “A penetração destes produtos ainda é muito baixa nas classes C e D, por exemplo”, apontou o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marco Antonio Rossi, durante palestra sobre as oportunidades de crescimento do setor, realizada na manhã de ontem, no Hotel DeVille, em Porto Alegre. “Somos o 44º do mundo no ranking de prêmios de consumo per capita”, destacou Rossi, observando que no Brasil a população ainda compra poucos seguros, “em relação ao que poderia consumir, se compararmos com o restante do mundo”.

Segundo o dirigente da CNseg – que também preside a Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides) e é vice-presidente executivo do Banco Bradesco –, este mercado tem uma “importância muito grande” em países onde a qualidade de vida das pessoas é alta. “Nestes lugares, o consumo de seguros é um dos pontos fortes”, garantiu à plateia formada por corretores e executivos do ramo, que compareceram ao Café da Manhã Seguro, promovido pelo Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindseg-RS). Com este argumento, a CNseg vem trabalhando junto ao Ministério da Fazenda, a fim de mostrar as oportunidades de crescimento deste mercado ao governo brasileiro. Novos produtos e uma legislação que auxilie o setor a aplicar melhor seus recursos seriam algumas demandas da entidade. “No mundo todo, o mercado de seguros é importante para o desenvolvimento do país, porque tem uma capacidade muito grande de arrecadar valores e fazer grandes carteiras de investimentos. Então, atender a estas demandas é contribuir para que este mercado cresça”, frisa o dirigente.

De acordo com Rossi, uma das pautas que a entidade vem negociando junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) – autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda – é a simplificação da contratação de seguros no País. “Este produto sempre foi visto no Brasil de uma forma muito complexa, como se fosse voltado somente para pessoas com maior renda. Por isso, é fundamental esta simplificação para este mercado avançar”, esclarece. Também os jovens estão na mira do setor, que, segundo o palestrante, deve se preparar para o desafio da inovação e da mobilidade cada vez mais demandas nos dias de hoje. Rossi alertou que, nos próximos anos, o seguro será contratado de forma diferente. “A nova geração se comunica de outra forma, e apresenta características distintas. É preciso que corretores e seguradoras pensem em maneiras de chegar perto destes consumidores”, frisou.

No decorrer da palestra, Rossi lembrou que, apesar de o consumo de seguros per capita ainda ser baixo no País, o Brasil é o 12º colocado no ranking de prêmios gerais do setor. “Avançamos muito: há 10 anos, estávamos na 21ª posição”, valorizou o presidente da CNseg, reforçando que, de qualquer forma, este mercado ainda precisa expandir. De acordo com os números da entidade, atualmente no País, existem 140 milhões de pessoas sem seguro de vida ou plano de saúde, 35 milhões de carros sem seguros, 170 milhões de pessoas sem seguro dental, 50 milhões de residências sem seguro contra roubo ou incêndio, e 3 milhões de empresas sem seguro empresarial. “São consumidores em potencial, que podem alavancar a expansão do setor”, argumentou.

Fonte: http://www.revistacobertura.com.br


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