Publicado por Redação em Vida em Grupo - 23/06/2014

Corretora busca pequenas empresas

Existem mais de 70 mil corretoras de seguros no País. Segundo o CEO da VIS Corretora, Nicholas Weiser, cerca de 10% são voltadas somente para empresas, e a maioria delas é focada em grandes empresas. Mas, em nenhuma delas o empresário consegue fechar a contratação totalmente via internet. Pelo menos até julho, quando a VIS pretende lançar a venda de seguros por meio de uma "loja virtual", voltada somente para companhias de pequeno porte.

O presidente da VIS Corretora chama atenção para a falta de uma cultura de seguros no Brasil. "Enquanto em alguns países o setor chega a 30% do PIB, no Brasil, estamos em 3%. Isso revela um potencial grande a ser explorado, e também uma necessidade de melhorar a qualidade da venda. Poucas empresas e pessoas contratam seguro, e quando contratam, fazem errado".

A ideia da VIS Corretora é oferecer uma contratação on-line de seguros, mas sem oferecer somente preço para o segurado. A ideia é vender seguros com as coberturas corretas. "Acontece muito com seguros de automóveis. Muitas vezes, é contratada uma cobertura de terceiros de R$ 30 mil. Aí, o seguro fica muito barato. Mas, e se houver um acidente com um carro de R$ 100 mil? Como arrumar os R$ 70 mil para pagar o restante?", questiona Weiser.

E antes mesmo do lançamento da página, a corretora já fechou parcerias com associações como a Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), que tem cerca de 40 mil lojistas associados. O CEO da VIS afirma que a meta, no primeiro momento, é conseguir fechar negócios com 10% dessa base. "É uma projeção conservadora, mas que já faria uma grande diferença em nossa carteira. Representaria aproximadamente R$ 10 milhões em prêmios de seguros considerando os pequenos lojistas, mas com potencial de mais de R$ 100 milhões incluindo os mais de 1,5 milhão de funcionários e os grandes e médios lojistas", explica.

O braço da VIS voltado para esse segmento de pequenas empresas oferecerá, no primeiro momento, seguros de vida em grupo, empresarial e de eventos, para cobrir possíveis problemas quando há uma reunião de grande número de pessoas. "O grande problema que o mercado enfrenta é a resistência das pessoas em comprar seguros. É um produto ainda ligado a coisas negativas. Nos Estados Unidos, por exemplo, as pessoas fazem seguro de absolutamente tudo".

No caso das empresas, o executivo explica que também é muito recorrente o problema da cobertura inadequada. "Por exemplo, estamos falando de lojistas em shopping centers, que são obrigados a contratar seguros. O problema é que, muitas vezes, um lojista contrata uma cobertura de terceiros de R$ 100 mil, na apólice que cobre a reforma da loja. Mas ele tem como vizinho uma grande rede de varejo. Dificilmente, se acontecer alguma coisa, esses R$ 100 mil serão suficientes".

Ele afirma que a nova plataforma não terá um atendimento tão personalizado quanto o oferecido pela boutique de seguros da VIS, que oferece produtos para grandes empresas. "Não seria possível atender milhares de clientes assim. Mas nós teremos uma central de atendimento exclusiva para as pequenas empresas, e o objetivo é sim vender um seguro que atenda a todas as necessidades de cada uma", diz Nicholas.

De acordo com Mauro Pimenta, sócio da VIS, os produtos mais demandados pelo segmento de shoppings center são: para as lojas - contratação do seguro de Responsabilidade Civil Obras para reformas das lojas, com cobertura de danos a terceiros e seguro de incêndio, também conhecido como seguro patrimonial ou empresarial, que contempla as coberturas para incêndio, roubo, danos elétricos e responsabilidade civil para operações.

No entanto, o objetivo da corretora é ampliar sua carteira para outros segmentos além dos lojistas de shopping. Tanto que o ritmo de crescimento deve continuar acelerado pelo menos nos próximos anos. Em 2013, segundo Nicholas, foram R$ 50 milhões em prêmios contratados por meio da VIS, o que rendeu um faturamento de R$ 4 milhões. Para este ano, a expectativa é que a corretora feche com R$ 70 milhões em prêmios gerados, e com R$ 7 milhões de faturamento.

Nicholas afirma que é possível dobrar o tamanho da corretora nos próximos anos. Mas nega que haja planos para transformar a VIS numa gigante do setor. "Acredito que teremos melhores resultados se a empresa mantiver seu foco. Queremos crescer, mas sem queimar etapas".

E a VIS aposta muito também em parcerias com grandes empresas, inclusive para viabilizar sua atuação junto a pessoas físicas, que também deve começar no próximo mês. Segundo Nicholas, alguns exemplos já estão em andamento. "Nós tivemos, por exemplo, o caso da ALD Automotive, que atua na área de terceirização de veículos. Nós conseguimos uma solução de seguro mais barata para a frota de veículos. E agora, nós mesmos usamos o serviço que eles oferecem, já que o usuário do carro só paga o combustível e as multas. Todas as outras despesas ficam com a ALD. E nós queremos oferecer esse diferencial também para os nossos clientes no futuro".

Fonte: http://www.revistacobertura.com.br


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