Publicado por Redação em Vida em Grupo - 20/01/2014

Seguros raros e inusitados ganham o mercado

Em busca de novos clientes, o mercado de seguros no Brasil amplia sua abrangência. Além das modalidades mais conhecidas, como os seguros de vida, residencial e de automóveis, as empresas apostam também em seguros incomuns. Hoje, já é possível fazer uma apólice para uma parte do corpo, por exemplo. Há coberturas, inclusive, para profissionais que podem ser condenados em caso de processos judiciais sofridos. As opções que existem por aí são inúmeras, mas é preciso ficar atento antes de assinar os contratos.

De acordo com o vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores e das Empresas Corretoras de Seguros (Fenacor), Carlos Valle, não são todas as empresas que oferecem as modalidades específicas. "Por isso, é essencial que o consumidor procure alguma seguradora séria. Muitos desses seguros ainda são recentes no país", orienta. Ele diz que os seguros específicos ainda não são muito procurados devido principalmente à falta de conhecimento.

O preço é outro fator que reduz a adesão. No caso de algumas coberturas, como as de partes do corpo e as de obras de arte, por exemplo, as apólices possuem valores muito altos. "Se um cirurgião faz um seguro da mão e por algum acidente ele fica incapacitado de trabalhar, a perda é total. Nesses casos específicos, é difícil haver danos parciais, o que eleva o custo da apólice", explica. O especialista esclarece que as coberturas para partes do corpo já são inclusas nos seguros de vida tradicionais. "O valor da indenização, em caso de acidente, não é o mesmo. Mas se torna uma alternativa mais barata, já que leva em consideração o corpo inteiro, atribuindo percentuais específicos para cada membro".

Uma das modalidades mais recentes no mercado nacional é o chamado seguro de responsabilidade civil (que pode ser familiar ou profissional). O primeiro pode ser vinculado ao seguro residencial. Nesse caso, os danos causados pelo proprietário do imóvel a terceiros, seja por negligência ou imprudência, são indenizáveis. Se o animal de estimação da pessoa atacar alguém, por exemplo, o seguro vai cobrir as possíveis despesas. "O desempenho desse tipo de seguro ainda é modesto, mas a tendência, principalmente no Nordeste, é que se torne cada vez mais comum", estima Mucio Novaes, presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (SindsegNNE). "O desenvolvimento econômico da região vem estimulando a cultura de proteção nas pessoas", completa.

A advogada Polyana Campos é uma das pessoas que apostaram no seguro de responsabilidade civil familiar. "Tenho um cão de grande porte e dois gatos. Apesar de nunca ter acontecido nenhum incidente, nunca se sabe o dia de amanhã", reconhece, informando que desde 2010 tem esse tipo de cobertura. "Não é complicado fazê-lo. Achei bastante acessível", comenta. Pela cobertura (residencial e responsabilidade civil), ela paga o equivalente a R$ 200 por ano.

Além da modalidade familiar, o seguro de responsabilidade civil para profissionais está começando a despontar, segundo Carlos Valle. A cobertura é indicada para profissionais que, devido à atividade exercida, podem ser alvo de processos judiciais. "Um cirurgião plástico, por exemplo, pode ser processado por algum paciente insatisfeito com um procedimento realizado. Caso seja condenado, o seguro cobre a indenização imposta pela Justiça", explica Valle.

Quem tem dúvidas sobre como contratar esses tipos de seguros pode procurar ajuda especializada. Segundo Mucio Novaes, existem corretores que se especializam em determinados tipos de coberturas. "O processo de adesão é o mesmo adotado nos seguros tradicionais, mas é sempre importante ter a orientação de algum profissional", recomenda.

Fonte: Diário de Pernambuco


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