Publicado por Redação em Vida em Grupo - 04/02/2014

Empresa Servfaz é condenada a pagar seguro de vida a família de trabalhador falecido

A esposa de um trabalhador que faleceu de infarto fulminante durante o trabalho conquistou na justiça o direito de receber um seguro de vida da empresa onde ele trabalhava. O seguro, previsto na Convenção Coletiva de Trabalho, foi negado pela empresa. Com isso, a esposa ajuizou ação na 4ª Vara do Trabalho de Teresina a fim de garantir seu direito e teve seu pleito reconhecido. A empresa chegou a recorrer ao TRT, mas a sentença foi mantida.

Segundo a esposa do trabalhador, após seu falecimento, ela foi à empresa requerer o pagamento do seguro de vida previsto na Convenção Coletiva de Trabalho, porém, um diretor da empresa negou o pagamento da verba, alegando que o seguro cobriria apenas as mortes por acidentes de trabalho. Ao avaliar os autos, a juíza da 4ª Vara do Trabalho de Teresina, Basiliça Alves da Silva, observou a cláusula 19º da CCT, que confirma o direito ao seguro.

"As empresas deverão contratar seguro de vida em grupo, cujo benefício deverá importar no valor correspondente em até 26 (vinte e seis) pisos da categoria ora fixado.", descreve o dispositivo. Para a juíza, a limitação de que o seguro seria devido apenas aos casos de acidente de trabalho não existe, pois consta no referido normativo ?seguro de vida em grupo? sem qualquer ressalva a respeito de como o empregado venha a falecer.

Dessa forma, tendo em vista se tratar de seguro em grupo, a juíza entendeu ser devido o pagamento do seguro de vida e estabeleceu o piso geral da categoria como base de calculo (R$ 640,00), razão pela qual deferiu o pagamento do seguro de vida no valor de R$ 16.640,00.

A empresa ainda recorreu ao TRT/PI sustentando em sua defesa que o seguro cobriria apenas acidentes de trabalho, mas a desembargadora Liana Chaib, relatora do recurso, frisou que a cláusula da CCT não previu limitação do direito às hipóteses de acidentes de trabalho. "A reclamada não demonstrou ter preenchido os requisitos que a excluiriam da responsabilidade pelo pagamento do seguro, razão pela qual a sentença não merece qualquer reparo", destacou sem seu voto no acórdão.

PROCESSO RO: 0000166-32.2013.5.22.0004

(Allisson Bacelar - ASCOM TRT)

Das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho cabem os recursos enumerados no art. 893 da CLT.Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.Permitida a reprodução mediante citação da fonte.

Assessoria de Comunicação Social. Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região - TRT/PI. Tel. (86) 2106-9520asscom@trt22.jus.br


Posts relacionados

Vida em Grupo, por Redação

Seguro ou Previdência, o que contratar?

Segundo o diretor presidente da Fundo Paraná de Previdência Multipatrocinada, Renato Follador, o Seguro de Vida e a Previdência Privada são produtos absolutamente diferentes, porem complementares.

Vida em Grupo, por Redação

Setor de resseguro dobra de tamanho em cinco anos

Saiu mais um relatório da Terra Brasis, sobre o desempenho do mercado de resseguros brasileiros. Segundo o estudo, as seguradoras brasileiras geraram R$ 6,4 bilhões em resseguro cedido (bruto de comissão), em 2012, o dobro do volume de 2007, o último ano do monopólio.

Deixe seu Comentário:

=