Publicado por Redação em Notícias Gerais - 13/04/2012

Existe hora certa de entrar e sair da bolsa?

Saber a hora de entrar ou de sair da bolsa é o sonho de praticamente todos os investidores do mercado acionário. Mas, se você espera uma fórmula mágica ou um padrão exato para saber o momento certo de comprar ou vender, esqueça. Especialistas ressaltam que o momento certo depende de uma série de fatores e também do perfil do próprio investidor.

De acordo com o analista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi, quem investe pensando no médio e no longo prazo deve sempre analisar a empresa, os múltiplos (indicadores que mostram se o preço da ação está ou não atrativo) e também o momento econômico para decidir o momento de comprar o papel.

“Tem que relacionar [o timing de entrada] com o momento econômico atual e com os fundamentos da empresa”, afirma Galdi. Uma ação pode cair muito, mas é importante que o investidor entenda por que ela caiu e procure estudar, para saber se ela pode ou não cair mais, para só então optar pela compra”, pontua.

Preço abaixo do valor “real”
O professor do Proced/FIA, Ricardo Almeida, concorda e ressalta que o melhor momento para comprar uma ação é depois de uma série de quedas, em que o investidor analisou e percebeu que o preço da ação está abaixo do que ela realmente vale.

Já a hora de sair depende, em primeiro lugar, do prazo que o próprio investidor estipulou para aquela aplicação, aliado às perspectivas de crescimento da empresa e consequente valorização do papel. “Se o prazo que o investidor tinha para aquele investimento estiver chegando ao fim e ele achar que a empresa não tem um bom potencial de crescimento, é hora de sair”, afirma Almeida.

Vender na baixa?
Por mais que seja uma decisão difícil, em alguns momentos, o investidor pode precisar vender os papéis com prejuízo, ou para evitar perdas maiores ou por precisar com urgência daquela quantia, devido a alguma emergência.

Neste caso, o melhor é estipular um limite para as perdas, dependendo do prazo que você tem para se desfazer das ações. De acordo com o analista-chefe da corretora Souza Barros, Clodoir Vieira, quem opera em transações de curto e curtíssimo prazo, por exemplo, deve deixar ativada a ordem stop loss, que vende automaticamente o ativo, quando ele cai a um determinado preço. “Você aceita um prejuízo de 5%, 10%, 15%? É importantíssimo colocar um stop financeiro e estipular qual valor aceita de prejuízo”, afirma Vieira.

Já aqueles que operam no longo prazo devem pensar bem antes de vender o ativo na baixa, evitando o efeito manada – que acontece quando os investidores começam a vender seus ativos motivados pelo fato de a maioria estar vendendo e o preço do papel cair. Isso porque, muitas vezes, o preço de um ativo pode estar muito mais barato do que ele realmente vale e a tendência de longo prazo é que aquela ação volte a subir.

Poupança de longo prazo
O analista-chefe da SLW ressalta que, quando o investidor acredita no potencial da empresa, uma boa estratégia pode ser comprar as ações frequentemente, independentemente da oscilação de curto prazo do papel. Desta forma, é possível fazer um “preço-médio” da ação e evitar errar o momento de entrada. “Seu custo de aquisição acaba sendo mais equilibrado quando você compra desta maneira”, pontua Galdi.

Segundo ele, é importante que o investidor entenda o conceito de poupança e o utilize também com o investimento em ações. “A partir do momento em que as taxas de juros estão caminhando para um patamar cada vez menor, é importante começar a pensar em também fazer uma poupança com ações”, afirma.

Fonte: Infomoney


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