Publicado por Redação em Dental - 27/06/2011

Fitness bucal - O sistema mastigatório deve freqüentar academia

 

Dente bem cuidado não envelhece; estando amarelado e escuro denota velhice ou maus tratos.
 
Conceitualmente longevidade significa vida longa, dilatada, e o significado está sempre relacionado à expectativa de duração de vida, expressa por um complexo de influentes fatores.
 
Com a evolução da ciência e do conhecimento, a longevidade com qualidade de vida é um fato comprovado. Além da conquista de uma vida mais longa, cada vez fica mais difícil identificar a idade cronológica de muitas pessoas.
 
A indústria da fabricação de produtos utilizados para conservação da pele e dos cabelos cria uma incrível variedade de cremes rejuvenescedores, anti-rugas e removedores de manchas.
 
A cirurgia plástica e a ciência dermatológica desenvolveram técnicas eficazes que, atenuando os sinais dos tempos de forma natural, conferem à face uma fisionomia mais jovem, atuando na área dos olhos, eliminando olheiras e bolsas nas pálpebras, situações que denotam envelhecimento.
 
Dentre todo esse universo da estética aliada à qualidade de vida, um fator que influencia a longevidade, mas que, infelizmente, ainda é pouco lembrado, está na parte inferior da face: a boca com seus músculos, ossos e dentes.
 
Corpo sem boca
 
O modo de se pensar um corpo sem boca, não dando a ela a devida atenção, tem permitido observar corpos jovens, rostos sem rugas, mas exibindo falas cuspidas, a lançar saliva, ostentando barulho ao mastigar, além de dentes amarelos, que são cruéis indicadores de idade, a mostrar que o tempo passou e a idade chegou. Pessoas, enfim, com o corpo jovem e o sorriso envelhecido.
 
Quanto aos dentes, não só o escurecimento, mas também as restaurações dentárias insatisfatórias, ou as próteses mal adaptadas, os dentes desalinhados, as gengivas doentes, entre outros tantos desvios, reúnem-se para formar uma aparência descuidada e decadente.
 
E o pior é que, à medida que a idade avança, fase em que o aproveitamento dos alimentos é de fundamental importância, os músculos faciais, por falta de treino, não conseguem uma adequada eficiência mastigatória, competente para triturar e bem preparar os alimentos a serem digeridos.
 
Bem por isso é que os órgãos que compõem o sistema estomatognático, até recentemente chamado sistema mastigatório, devem freqüentar academia, realizar um verdadeiro fitness, conferindo aptidão, bom estado e funcionamento equilibrado.
 
O trabalho e o bom funcionamento dos músculos e dos dentes são requisitos para se manter o visual jovem. Para tanto, é necessário que os dentes estejam preservados em sua forma, saudavelmente alojados no osso, bem relacionados entre si e circundados por gengivas sadias.
 
De fato, os dentes terão eterna juventude, valendo lembrar que, se forem bem cuidados, manter-se-ão bonitos e brilhantes por toda a vida.
 
Dentes escurecidos ou mal cuidados dão aparência envelhecida às pessoas e o clareamento dentário é um caminho para revigorá-los. Obtém-se significativa eficiência mastigatória, exercitando-se os músculos da mastigação, com o funcionamento equilibrado da boca, na atividade de mastigar, dos dois lados, alimentos secos, duros e fibrosos.
 
Dentes: aparelhos ergométricos
 
Vamos a um parêntese elucidativo: eficiência mastigatória é o grau de trituração a que é submetido o alimento por um número determinado de golpes mastigatórios, que é o número de contatos interdentários produzidos durante a mastigação habitual e que geram a força mastigatória. Como exemplo, se tomarmos três tipos de alimento: um, de consistência mole e frágil, como o amendoim; outro, mais duro, porém fragmentável, como o coco e, finalmente, uvas passas, alimento seco, mas resistente e fibroso, a média das forças medidas nos dentes da região posterior ou do fundo da boca é de aproximadamente 3,7 kg para o amendoim, de 4,1 kg para o coco e de 4,9 kg para as uvas passas, significando que o alimento seco e fibroso é capaz de aumentar proporcionalmente a força mastigatória.
 
Quando o ato mastigatório é bilateral, simultâneo ou alternado, ou seja, quando o alimento é distribuído homogeneamente nos dentes, tanto do lado direito como do esquerdo, apresenta-se uma dissipação uniforme das forças mastigatórias, facilitando a estabilidade da engrenagem dos dentes e da atividade dos músculos faciais, porque é bilateralmente sincrônica.
 
Pessoas que mastigam habitualmente alimentos de consistência dura ou fibrosa apresentam valores bem maiores de força mastigatória. Os esquimós, que pertencem a um grupo étnico muito estudado com relação à mastigação, exibem expressiva força mastigatória na região de molares, ou nos dentes do fundo, de cerca de 150 kg, enquanto que a força mastigatória dos norte-americanos nessa mesma região dentária fica ao redor de 70 kg.
 
Resumindo, a mastigação é um processo complexo, altamente dinâmico, que exige muito em termos de coordenação e treinamento do sistema neuro-muscular.
 
Assim, é recomendável o treinamento dos músculos faciais através da mastigação, realizando um verdadeiro fitness bucal, uma autêntica sessão de musculação, mantendo a musculatura firme e ágil para acionar os dentes, preciosas ferramentas para preparação dos alimentos na primeira etapa do processo digestivo.
 
Nesse processo, mastigar torna-se um eficiente mecanismo de liberação de tensão: acalma e relaxa. Nessa mesma direção, manter os dentes claros e em boa forma, gengivas sadias e musculatura forte e vigorosa são procedimentos rejuvenescedores. Trata-se de um diferencial importante e fundamental: a juventude do sorriso confunde-se com a da pessoa.
 
Fonte: odontologika.uol.com.br | 27.06.11

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