Publicado por Redação em Notícias Gerais - 06/03/2012

Governo adotará medidas para ajudar indústria-Mantega

Diante do resultado fraco da economia em 2011, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo prepara um pacote de medidas para estimular o setor industrial, que abrangerá novas medidas para impedir a sobrevalorização do câmbio.

"O setor industrial precisa de alguns estímulos que serão dados", afirmou Mantega. "As medidas não estão prontas, faremos ao longo do ano para estimular o investimento e o setor industrial", afirmou o ministro ao comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011, divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A economia brasileira cresceu 0,3% no quarto trimestre de 2011 em comparação com o terceiro, levando a expansão acumulada no ano a 2,7%. O desempenho indica que a atividade econômica começou a melhorar no fim do ano passado, apesar de o setor industrial continuar patinando bastante.

Entre os estímulos já dados pelo governo, o ministro citou os cortes já feitos na taxa Selic, a redução de juros e sperad a ser feita pelos bancos públicos e a ampliação do investimento público. Ele também ressaltou o efeito do reajuste do salário mínimo -que segundo ele injetará 50 bilhões de reais na economia- e a continuidade de expansão do mercado de trabalho, que amplia a massa salarial e estimula o consumo.

Mantega voltou a falar que o governo continuará atuando no câmbio, para evitar que o real tenha forte valorização diante o dólar.

"Não permitiremos grande ingresso de capital em busca de especulação e arbitragem, vamos coibir essas operações. Vamos manter o real desvalorizado com um arsenal de medidas", afirmou o ministro, acrescentando que o arsenal do governo  é "infinito."

"Podemos criar outras medidas e temos várias em curso, tanto no âmbito do mercado futuro de derivativos quanto no mercado spot", afirmou Mantega.

O ministro disse ainda que o PIB do ano passado não foi maior devido ao efeito da crise externa na economia brasileira e devido ao comportamento do setor industrial, que enfrentou forte concorrência com os produtos importados.

"Se não tivesse ocorrido o agravamento da crise externa, teríamos chegado a 4% (em 2011). Houve deterioração grande para o setor de manifaturados. Tivemos muita entrada de mercadorias importadas as preços muito baixos, a concorrência recrudesceu a algo nunca visto", comentou o ministro.

Mantega disse ainda que a economia crescerá de forma gradativa este ano e atingirá seu ápice no quatro trimestre, quando deverá registrar variação de 5%.

Fonte: Uol


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Pela 1ª vez, mercado prevê inflação acima do teto da meta em 2015

Expectativa dos economistas para IPCA do ano que vem subiu para 6,54%. Analistas também baixaram previsão de crescimento deste ano e de 2015.

Notícias Gerais, por Redação

Prazo para sacar abono salarial de R$ 678 acaba em junho

O Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) divulgou que cerca de 1 milhão de brasileiros ainda não foram sacar o benefício do Abono Salarial referente ao ano de 2012.

Notícias Gerais, por Redação

Consumidores que ganham até R$ 500 aumentam a busca por crédito

Apenas os consumidores que ganham até R$ 500 aumentaram a busca por crédito no semestre. As demais faixas de renda apresentaram queda, de acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, divulgado nesta terça-feira (10).

Notícias Gerais, por Redação

Educação impulsiona desaceleração na inflação semanal, diz FGV

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que mede a inflação semanal, subiu 0,27% na terceira quadrissemana de fevereiro, ante alta de 0,3% na segunda quadrissemana, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

Notícias Gerais, por Redação

Copom eleva projeção de reajuste no preço da gasolina para este ano

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, em sua ata da última reunião, divulgada nesta quinta-feira (27), elevou a projeção de reajuste nos preços da gasolina. Na reunião da última semana, foi estimado um aumento de 6,7% no combustível, considerando a variação acumulada até setembro, ante um acréscimo de 4% estimado na reunião de agosto.

Deixe seu Comentário:

=