Publicado por Redação em Notícias Gerais - 24/06/2014

Montadoras fazem vendas diretas para reduzir estoques de veículos

Com a queda de 5,2% nos emplacamentos de carros de passeio e comerciais leves nos primeiros cinco meses de 2014, as fabricantes movimentam seus departamentos de vendas diretas. O setor que é responsável por negociar veículos com empresas (pessoa jurídica) tem ajudado a minimizar os efeitos da retração do mercado.

Esse tipo de operação segue na contramão do mercado, tendo registrado cerca de 2% de alta nos primeiros cinco meses do ano, segundo dados da Fenabrave (federação nacional das distribuidoras de veículos).


LUCRO MENOR

O movimento ajuda a reduzir estoques, mas não é o ideal para as montadoras. Vendas em grandes lotes para frotistas representam redução no lucro, pois é preciso oferecer grandes descontos para atrair clientes.

O reflexo das vendas diretas nos emplacamentos deve-se em grande parte à antecipação da entrega de veículos previamente negociados. Com o varejo desaquecido, as montadoras aceleram o atendimento às empresas.

Foi o que ocorreu em abril, quando a picape compacta Fiat Strada liderou as vendas no mercado nacional, ultrapassando o Volkswagen Gol.

O utilitário teve 13.017 unidades emplacadas, e 73,5% desse volume foi parar em frotas de empresas de diversos setores.

Historicamente, as vendas diretas da Fiat correspondem a cerca de 25% dos carros emplacados no Brasil.


LOCADORAS

Para as empresas que adquirem os veículos, é hora de aproveitar para fazer bons negócios. Um dos setores mais beneficiados nessa operação é o de locação de automóveis.

Segundo Paulo Nemer, presidente do conselho nacional da Abla (Associação Brasileiras de Locadoras de Automóveis), cerca de 30% dos carros são trocados por ano. A média de idade dos veículos disponíveis para aluguel gira em torno de 18 meses.

Com a Copa do Mundo, empresas do setor anteciparam o planejamento de renovação da frota. Isso somado à alta dos estoques, que chegou ao equivalente a 41 dias de vendas em maio, colaborou para quer o registro de carros novos não fosse ainda pior nos primeiros meses do ano.

Para as concessionárias, vendas diretas representam menor rentabilidade. Não há, por exemplo, comercialização de acessórios ao fechar negócio.
As comissões tendem a ser menores, pois os negócios são fechados diretamente com as fabricantes.

Os planos de revisão, que movimentam as oficinas autorizadas, são outro ponto de perda de receita. Grandes frotistas têm centrais de atendimento próprias para cuidar de seus veículos.

Fonte: www.uol.com.br


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