Publicado por Redação em Notícias Gerais - 21/03/2012

Orçamento: quando economias na realidade só representam mais despesa?

As economias. Consumidores  preocupados com seu orçamento ficam atentos a todo tipo de situação que pode gerar uma boa economia. O problema é que, muitas vezes, mesmo que pareça que estamos economizando, na realidade, só estamos acumulando mais despesas. São as situações de falsas economias.

De acordo com a especialista em educação financeira, Márcia Tolotti, isso acontece muitas vezes nas promoções e liquidações. Comprar um produto simplesmente porque ele está em promoção não configura automaticamente uma economia. “O que vai determinar se aquela compra é uma economia ou não é a intensidade do uso que o consumidor faz daquele item”, analisa Márcia.

Logo, se você comprou 10 e pagou 5, mas dificilmente usará os 5 adicionais, não houve economia nenhuma. O prazo de validade também pode acabar com sua suposta economia. Você acredita que vai usar o produto que está com preço mais atrativo, mas, no longo prazo, o item pode acabar vencendo no meio do caminho e você ter perdido dinheiro.

Para aproveitar uma boa oferta, preste atenção a fatores como a intensidade do uso, o prazo de validade e se você realmente vai precisar daquilo ou só está comprando porque o preço está muito interessante. Falsas economias normalmente estão escondidas justamente em promoções e liquidações, ou seja, onde a maioria das pessoas acredita que vai ter alguma vantagem.

Preço versus qualidade
Outra decisão que pode levar a uma falsa economia é comprar pelo preço, principalmente os produtos em que a qualidade faz diferença. “Quando o consumidor escolhe um item simplesmente porque está mais barato, negligenciando a qualidade, ele pode acabar gastando muito mais”, diz Márcia. Um simples amaciante de roupa, escolhido por ter o menor preço, pode simplesmente não cumprir a sua função ou o consumidor pode ter de usar uma quantidade maior, o que, ao final, desconfigura a economia inicial.

Postos de gasolina também são clássicos exemplos desse tipo de situação. Se o motorista escolher o posto que pratica os menores preços, desconsiderando o fator qualidade, ele pode estar acabando com o motor do seu carro. “Quando é um produto que requer uma qualidade diferenciada, o barato pode sair caro”, diz a educadora.

Propaganda
Saber analisar bem uma propaganda publicitária também ajuda a evitar as falsas economias. De acordo com Márcia, campanhas publicitárias que anunciam preços muito fora do comum podem esconder informações importantes. Quando um fabricante de automóveis anuncia seus produtos a baixíssimos preços, isso pode estar acontecendo porque, em poucos meses, o carro irá sair de linha. É preciso avaliar, portanto, se a desvalorização do carro compensa adquiri-lo pelo preço anunciado.

Isso acontece com qualquer bem, desde equipamentos eletrônicos que estão saindo de linha até geladeiras, por exemplo, vendidas a preços baixos por consumirem muita energia. A dica é não deixar se envolver pela propaganda e pelo preço e saber avaliar os itens que podem gerar mais gastos posteriormente.

Quanto vale o seu tempo?
Márcia também acredita que investir tempo fazendo pesquisa de preço nem sempre resulta em economia. Se o profissional trabalha e estuda, por exemplo, fazer uma pesquisa de preço - que exige que ele vá de uma loja a outra - pode ser um grande desperdício de tempo.

A ideia é avaliar o quanto custa o seu tempo. Será que a economia que você vai conseguir, ao fazer essa pesquisa, paga o preço do tempo que você investiu nesse trabalho? Se o tempo for precioso para você, a pesquisa de preço pode sair bem caro.

Economizar para quê?
De acordo com o educador financeiro Reinaldo Domingos, para economizar, o consumidor precisa desenvolver algumas estratégias. Reduzir custos, por exemplo, sem ter um objetivo para isso, normalmente não leva a nada. “De nada adianta, simplesmente, resolver cortar as despesas. Temos que ter motivos para fazer esses cortes”, analisa Domingos.

O educador entende que, quando o consumidor não tem uma meta clara, que deverá motivá-lo a fazer uma economia, o resultado pode ser simplesmente economizar de um lado e gastar mais de outro. “Corto a TV a cabo, mas vou alugar mais filme”, exemplifica o educador.

É preciso, portanto, que a pessoa tenha um objetivo específico para fazer determinada economia, assim, ela acaba se comportando de modo que tudo convirja para esse corte de custos e acaba aproveitando melhor e de forma mais coerente as promoções, por exemplo.

Fonte: Infomoney


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