Publicado por Redação em Previdência Corporate - 05/01/2012

Recolhimento retroativo de contribuição para Previdência pode ser facilitado

O recolhimento retroativo de contribuições para a Previdência Social  poderá ser facilitado, com a aprovação do projeto de lei 2146/11, do deputado Eudes Xavier (PT-CE). Segundo a proposta, o segurado que tiver parado de contribuir, inclusive por motivo de desemprego, e depois tenha retornado à atividade, com vínculo empregatício, poderá efetuar as contribuições pendentes de forma retroativa, sem necessidade de comprovar a atividade que exercia durante o período de interrupção.

De acordo com a Agência Câmara, a proposta determina que a permissão será válida para contribuições a partir de janeiro de 1979, desde que observados os seguintes requisitos e restrições:

• o valor da contribuição será calculado sobre a média das últimas 36 contribuições, corrigidas a partir do último contrato anterior ao afastamento, ou, em caso inferior, sobre a duração total do último contrato anterior;

• o número máximo de contribuições recolhidas em atraso será de 120;

• o recolhimento deverá abranger tanto a contribuição patronal quanto a do trabalhador, bem como as multas e os juros previstos em lei;

• as carências previstas em lei deverão ser respeitadas e não ficará garantida a recuperação da qualidade de segurado;

• o recolhimento só permitirá ao segurado usufruir de aposentadoria por tempo de contribuição, após um período mínimo de 12 meses depois do pagamento retroativo.

Universalidade
Segundo Xavier, o objetivo do projeto é garantir a aplicação do princípio da universalidade na cobertura da Previdência Social.

Com isso, na opinião do deputado, os maiores beneficiários serão os trabalhadores que perderam o emprego nos anos 1980 e 1990, marcados por altas taxas de informalidade, crises econômicas, elevadas rotatividade no mercado de trabalho, planos econômicos mal sucedidos, demissões causadas pelo processo de privatização e pela introdução de novas tecnologias.

O deputado ressalta que, com a reforma previdenciária de 1998, o conceito de contagem de tempo de serviço foi alterado para o tempo de contribuição e houve introdução do requisito da idade mínima. Com isso, o trabalhador passou a ter o direito de contribuir retroativamente, como contribuinte individual e facultativo, mas precisa comprovar a atividade desenvolvida no período em que não contribuiu.

“Ora, se foi abolida a contagem de tempo de serviço, para exigir-se idade mínima e tempo de contribuição, porque então exigir comprovação de tempo de serviço?” questionou o deputado.

Fonte:www.infomoney.com.br|05.01.12


Posts relacionados

Previdência Corporate, por Redação

Previdência privada ultrapassa R$ 1 trilhão

Os bancos e seguradoras captaram R$ 4 bilhões em maio nos PGBLs e VGBLs, a chamada previdência privada aberta. Em cinco meses do ano, foram quase R$ 15 bilhões, com um crescimento anual projetado de 30%.

Previdência Corporate, por Redação

Resgates feitos pela classe C desafiam previdência privada

O ingresso da classe C no mercado de previdência privada aberto tem desafiado as empresas que atuam no setor a reter esses clientes. Apesar da vontade de poupar, esse segmento é bastante vulnerável a momentos de instabilidade econômica e acabam recorrendo aos recursos ao primeiro sinal de dificuldade.

Previdência Corporate, por Redação

Planos de previdência não devem ser alterados por cenários do mercado

O Brasil passa por uma etapa rumo à estabilidade econômica, a queda de juros. Há anos o país amarga o primeiro lugar na lista dos juros mais elevados do mundo, agora, com os juros caindo, surgem dúvidas sobre onde investir o seu dinheiro,

Deixe seu Comentário:

=