Publicado por Redação em Notícias Gerais - 17/01/2013

Relatório destaca os principais riscos globais de 2013

Estudo lista problemas na economia, na área de saúde e desafios provocados pelas mudanças climáticas.

O mundo está mais arriscado com os efeitos da crise financeira, num período de eventos climáticos extremos, segundo o relatório Riscos Globais 2013 do Fórum Econômico Mundial, realizado com contribuições da Marsh & McLennan Companies, Swiss Reinsurance, Zurich Insurance Group, Oxford Martin School (Universidade de Oxford) e da Universidade Nacional de Cingapura do Centro Wharton de Gerenciamento de Riscos (Universidade da Pennsylvania). O estudo, resultado de uma pesquisa com mais de 1 mil especialistas e líderes empresariais, realça as severas disparidades de renda acompanhadas por desequilíbrios fiscais crônicos. Esses são os dois principais riscos globais atualmente que reflete as preocupações sobre as dívidas governamentais, segundo o estudo.

Na sequência de um ano marcado por condições meteorológicas extremas, do furacão Sandy às cheias na China, o aumento das emissões de gases de efeito estufa é considerado o terceiro maior risco global, enquanto a incapacidade de adaptação à mudança climática foi vista como o risco ambiental com maiores efeitos de contágio para a próxima década. "Estes riscos globais são essencialmente um alerta de saúde em relação aos nossos sistemas mais críticos", afirma Lee Howell, editor do relatório e Diretor-Executivo do Fórum Econômico Mundial. "A resiliência nacional aos riscos globais necessita ser uma prioridade, para que os sistemas críticos possam continuar a funcionar, apesar de grandes alterações", acrescentou.

Segundo Axel P. Lehmann, diretor de análise de riscos do Zurich Insurance Group, diante do custo crescente de acontecimentos como o furacão Sandy, as gigantescas ameaças aos "países-ilhas" e às comunidades costeiras, e sem resolver a questão das emissões de gases de efeito estufa, as evidências são claras. "Chegou o momento de agir", diz.

Saúde: Enormes avanços no campo da saúde deixaram o mundo perigosamente complacente. A crescente resistência a antibióticos pode empurrar os sistemas de saúde para um colapso, enquanto um mundo hiperconectado facilita a disseminação de pandemias. Este risco estabelece as relações entre resistência aos antibióticos, doenças crônicas e o fracasso do regime internacional de direitos de propriedade intelectual, recomendando maior colaboração internacional e modelos de financiamento diferentes.

Economia: Riscos socioeconômicos estão fazendo derrapar os esforços para ultrapassar os desafios colocados pela mudança climática. Num momento em que as mudanças estruturais estão acontecendo na economia e no ambiente, esta questão requer novas abordagens para que sejam realizados os investimentos estratégicos necessários para evitar os piores cenários de ambos os sistemas.

Para John Drzik, presidente executivo do Oliver Wyman Group, da Marsh&McLennan Companies, as duas tempestades – a ambiental e a econômica – encontram-se em rota de colisão. Se não alocarmos os recursos necessários para mitigar o risco crescente dos eventos climáticos severos, a prosperidade global das gerações futuras pode estar ameaçada. "Os líderes políticos e empresariais e os cientistas devem unir-se para a gestão destes riscos complexos", afirma.

Segundo David Cole, diretor de análise de riscos do grupo Swiss Re, lidar com as crises econômicas e de mudança climática infelizmente não é visto como uma continuidade, mas como escolhas opostas. "O conceito que tem ganhado terreno é que não podemos ter soluções para as duas. Mas precisamos ir além desta abordagem reducionista. Então, por considerarmos uma abordagem holística das situações como o gerenciamento de risco inteligente, devemos ter essa atitude em relação aos desafios econômicos e de mudança climática que estamos enfrentando", diz.

Crises digitais: Da imprensa à Internet, sempre foi difícil prever como as novas tecnologias vão moldar a sociedade. Apesar de muitas vezes constituir uma força para o bem, a democratização da informação também pode ter consequências voláteis e imprevisíveis, como se reflete nos tumultos provocados pelo filme anti-islâmico postado no YouTube. Enquanto o papel tradicional da mídia como guardiã encontra-se em erosão, este caso mostra como a conectividade possibilita que as crises digitais se espalhem e coloca a questão do que se pode fazer para evitar isso.

A íntegra do relatório pode ser vista no site www.weforum.org/globalrisks2013. O relatório descreve 50 riscos globais e agrupa-os em categorias econômicas, ambientais, geopolíticas, sociais e tecnológicas, a que foi pedido que fossem classificados em termos de possibilidade e impacto. Os dados mostram que os jovens que responderam estavam mais preocupados com os riscos do que as pessoas mais velhas, revelando também que as mulheres são mais pessimistas do que os homens. Numa base regional, os especialistas da América do Norte tenderam a ver mais riscos do que os de outras regiões. 

Fonte: cqcs


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