Publicado por Redação em Notícias Gerais - 16/10/2015

Sem-teto ajudam greve dos bancários com piquetes e vigilância nas agências

Bancos na avenida Paulista paralisam atendimento

Integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estão apoiando ativamente a greve dos bancários, que completa 11 dias nesta sexta-feira (16). Eles fazem piquetes na porta das agências e auxiliam os grevistas, atuando como vigilantes.

Em dez agências visitadas pela Folha na quarta-feira na região da avenida Paulista, centro de São Paulo, membros do MTST resguardavam a entrada e orientavam funcionários e clientes sobre o estado de greve. Em algumas agências os militantes estavam sozinhos; em outras, acompanhados de bancários.

O líder do MTST e colunista da Folha, Guilherme Boulos, confirmou a orientação para apoiar a greve em todo o país, não somente em São Paulo. "Existem objetivos comuns [entre o MTST e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região] e, por isso, o movimento ajuda ativamente a paralisação."

O apoio foi declarado publicamente no site do sindicato no início da greve. "Demonstraremos nossa solidariedade orientando a militância sem-teto a contribuir com a greve, com apoio aos piquetes e todas as outras formas que sejam necessárias."

AÇÕES EM CONJUNTO

Em maio deste ano, MTST e sindicato fizeram uma proposta ao governo para pedir redução da alíquota do recolhimento compulsório sobre a poupança de 20% para 15%, condicionada a financiar moradias populares.

"Temos essa troca política. Nós defendemos o que eles defendem e eles defendem o que nos defendemos", afirma Juvandia Moreira, presidente do sindicato.

"O MTST colocou alguns militantes à disposição. Eles vêm nos dias que podem, não sei de onde ou como", diz a dirigente sindical.

Segundo integrantes do movimento, que preferem não ter seus nomes publicados, vans do sindicato vão até ocupações lideradas pelo MTST para buscar os manifestantes.

De uma ocupação em Mauá, região metropolitana de São Paulo, por exemplo, seis conduções saem por dia para a região da Paulista. Além do transporte, o sindicato fornece lanche, suco e frutas.

Boulos afirma que não há pagamento em dinheiro pelo apoio e não sabe informar quantos militantes ajudam na greve.

Mas o cenário mais complicado será certamente a cidade do Rio de Janeiro. Além dos torneios concentrados no Parque Olímpico, haverá competições de rua, como ciclismo, triatlo e maratona.

Segundo Rodrigues, será preciso proteger 1.500 caravanas diárias que sairão da Vila Olímpica para Deodoro, Maracanã, Copacabana e Barra. Ao todo serão 30 mil deslocamentos de atletas e comitivas.

"É um evento com características diferentes, mais intenso e que necessariamente exige toda uma preparação própria. Diferente da Copa em que nós tínhamos um jogo, uma partida de futebol em um único local por vez, com duas delegações se deslocando", disse.

A secretaria comandada por ele tem um orçamento de R$ 350 milhões para a segurança nos Jogos. O Ministério da Defesa gerencia cerca de R$ 580 milhões (entre 2014 e 2016) e o governo do Rio de Janeiro ao menos R$ 750 milhões.

SOLIDARIEDADE

A solidariedade à paralisação também é feita por outras categorias profissionais e movimentos sociais.

Nesta sexta-feira, bancários e petroleiros, duas categorias profissionais em campanha salarial, fazem ato na Paulista, a partir de 15h.

Também participarão do protesto trabalhadores do setor de alimentação, integrantes do MPA (movimento de pequenos agricultores) e do MST, que reúne os rurais sem terra.

"Recebemos a solidariedade de movimentos e categorias assim como já levamos também nosso apoio aos metalúrgicos do ABC. Levamos água e comida em um acampamento deles [contra demissões em empresas da região]", afirma a presidente do sindicato.

ADESÃO À GREVE

Os bancários pedem reajuste de 16% (inclui aumento real de 5,7%) e os bancos ofereceram 5,5%.

A paralisação em São Paulo mobilizou nesta quinta cerca de 60 mil bancários, segundo o sindicato, em 818 locais de trabalho. A entidade representa 142 mil trabalhadores do setor.

De acordo com a Contraf-CUT, no país a greve afeta 11.818 agências e 44 centros administrativos em 26 estados e no Distrito Federal.

A federação dos bancos não fornece a adesão ao movimento nem as atividades afetadas.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo


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