Publicado por Redação em Notícias Gerais - 14/06/2011

Société Générale: elevação das reservas requeridas na China indica mudança

SÃO PAULO - A nova elevação na taxa de reservas exigidas dos bancos na China reflete uma mudança sutil nas escolhas da política monetária chinesa do PBoC (Banco Popular da China), segundo o analista Wei Yao, do Socitété Générale.

Além disso, o analista avalia que essa elevação reflete também o viés de continuidade do aperto da autoridade monetária da China, que teria reagido como um “banco central normal” aos indicadores econômicos chineses divulgados na última noite, que mostram persistência das pressões inflacionárias e crescimento resiliente da atividade.

Independência limitada
Entretanto, a escolha da ferramenta utilizada pelo PBoC - elevação nas taxas de reservas requeridas - seria um provável demonstrativo da limitada independência da autoridade monetária chinesa.

Nesse sentido, o analista lembra que o crescimento da oferta de crédito dos bancos e do M2 (indicador do suprimento de dinheiro em circulação) em maio foram reduzidos, “indicando uma liquidez menor na economia”, ao mesmo tempo em que existe um crescimento do setor financeiro não-bancário na China, que poderia fazer com que os dados monetários oficiais parecessem enganosamente fracos.

Assim, a avaliação do analista é que ferramentas quantitativas que atingem o setor de bancos estão tendo uma efetividade bastante reduzida. “Na nossa visão, elevações na taxa de juro poderia funcionar melhor que apertos quantitativos nesse estágio”, afirma Wei.

Apenas mais um aumento
A conclusão é que a decisão de elevar a taxa de reservas requeridas dos bancos, em detrimento do aperto monetário via taxa de juro, “parece refletir o fato de que o PBoC não decide por si próprio sobre as decisões da taxa de juro, e que os principais líderes [chineses] estão no momento preocupados mais com o crescimento do que com a inflação”.

Por fim, essa decisão de política monetária chinesa altera as perspectivas do analista para os aumentos na taxa de juro da China. Anteriormente, a projeção era de mais duas elevações neste ano, mas por conta dessa rejeição dos líderes - sentimento que não surpreende, mas manifestou-se antes do que era previsto -, agora a expectativa é que ocorra apenas mais um aumento do juro básico chinês neste ano, em conjunto com mais duas elevações da taxa de reservas exigidas.

Fonte: web.infomoney.com.br | 14.06.11


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

MEC divulga a primeira chamada de aprovados no Sisutec

Mais de 383 mil candidatos disputavam 239,7 mil vagas no ensino técnico. Matrícula será realizada nesta quinta e sexta-feira.

Notícias Gerais, por Redação

Economia da zona do euro encolhe 0,2% no 2º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro encolheu 0,2% no segundo trimestre ante os três meses anteriores, e caiu 0,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou nesta terça-feira a agência europeia de estatísticas Eurostat.

Notícias Gerais, por Redação

Mercado reduz previsão de inflação para 2012

O mercado financeiro reduziu a previsão para a inflação durante este ano. Eles preveem que o aumento geral dos preços para o consumidor, medido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo),

Notícias Gerais, por Redação

FMI nega que esteja em negociação com Itália por dívida

O FMI negou nesta segunda-feira que tenha iniciado negociações com as autoridades da Itália sobre um suposto plano de ajuda ao país, mencionado no domingo pela imprensa italiana.

Notícias Gerais, por Redação

Greve dos Correios entra no 2º dia; consumidor deve ficar atento

Empresas que enviam as cobranças por correspondência postal não são obrigadas a descontar juros e multas por atraso no pagamento das faturas. Esse é o alerta que instituições que trabalham com a defesa do consumidor dão a respeito da greve nos Correios, que começou ontem.

Deixe seu Comentário:

=