Publicado por Redação em Previdência Corporate - 26/12/2013

Corrida contra o tempo na previdência privada para não perder os benefícios tributários

Acostumado a deixar tudo para a última hora, no fim do ano o brasileiro enfrenta uma corrida contra o tempo para investir na previdência privada e ter o benefício tributário na declaração do Imposto de Renda. Época de recebimento do 13.º salário, a virada do ano costuma registrar um aumento dos aportes nos fundos.

"Para não perder o benefício que permite abater parte da base da declaração do Imposto de Renda, a pessoa deve investir em um plano PGBL até o fim de 2013. Em geral, nessas últimas semanas se vê uma demanda significativa pelo plano", diz o superintendente de produtos da Brasilprevi, Sandro Bonfim. Em 2012, a empresa arrecadou R$ 18,2 bilhões, sendo que os aportes de novembro e dezembro responderam por 23% do total.

Tais planos permitem que o investidor abata o valor de até 12% da renda bruta anual da base de declaração do IR. Por exemplo: se o ganho anual é de R$ 100 mil, o imposto será de R$ 27.500 (27%). Se o investidor aplicar em um PGBL, pode abater até R$ 12 mil da base de cálculo. Ou seja, serão cobrados 27,5% de R$ 88 mil, o que pode lhe garantir uma economia de pouco mais de R$ 3 mil.

"A longo prazo, o benefício é ainda maior se a pessoa tiver planejamento tributário", comenta Bonfim. A economia aumenta se a tabela escolhida for a regressiva. Por ela, o IR pago no resgate da aplicação começa em 35% e cai 5% a cada dois anos. Ao fim de 10 anos, portanto, será de 10%.

O PGBL é interessante para quem faz a declaração completa do IR. Para a declaração simples, o melhor é o plano VGBL, que não oferece abatimento do imposto, mas no resgate cobra IR sobre o rendimento do período. No PGBL, o imposto recai sobre o total resgatado. O VGBL é indicado ainda para a alta renda, que pretende investir na previdência uma quantia maior que 12% da renda. Neste caso, o valor que somar até 12% deve ser aplicado no PGBL e o restante no VGBL.

Portabilidade. A hora é de traçar objetivos para 2014, e isso inclui rever as aplicações financeiras. Caso esteja insatisfeito com o plano, o investidor pode migrar para a previdência de outra instituição, sem custos. Basta que os planos tenham a mesma característica tributária: um PGBL só pode ser trocado por outro PGBL e assim por diante.

Segundo Bonfim, a portabilidade demora cerca de dez dias, mas é uma ferramenta ainda pouco utilizada pelo investidor. "O brasileiro investe no próprio banco. Geralmente, só troca a previdência se for sair do banco."

Ações. Planos de previdência que possuem ações na carteira tiveram perdas neste ano, financeiras e de recursos. Em 12 meses, o Ibovespa acumula queda de mais de 16%, enquanto os planos com ações tiveram desvalorização de mais de 10%. Com receio de ter mais perdas, alguns investidores sacaram os recursos dos fundos mais arriscados, o que, segundo Bonfim, não é uma boa estratégia.

Ainda que a rentabilidade da previdência com ações esteja negativa, tais planos não deixaram de ser interessantes para os mais jovens, aqueles que podem correr maior risco, pois têm mais tempo de contribuição pela frente. "A maioria ainda investe na Bolsa quando a rentabilidade está alta e resgate quando ela está baixa. Esse conceito deveria ser o contrário, visto que a previdência é algo para o longo prazo", afirma Bonfim.

Fonte: Jornal Estado de São Paulo


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