Publicado por Redação em Notícias Gerais - 05/08/2011

Forte investimento em logística e alongamento de prazos dão prejuízo à B2W

SÃO PAULO – Uma enxurrada de reclamações por atrasos na entrega dos produtos do Submarino, principalmente, no fim de 2010, levaram a B2W (BTOW3) a concentrarem seus investimentos na melhoria em logística e atendimento durante o primeiro semestre.

A mudança de planos acabou impactando o balanço da empresa – a varejista teve prejuízo de R$ 20,9 milhões  entre abril e junho deste ano. Durante os seis primeiros meses de 2011, a companhia gastou R$ 212,6 milhões para melhorar os serviços de transporte e tecnologia, principalmente. Os processos entraram, então, numa fase de melhoria, mas, para evitar que novos problemas aparecessem, os prazos de entrega foram alargados, diminuindo as vendas.

François Bloquiau, diretor de Relações com Investidores da B2W, afirma que a prioridade continua sendo essa para os próximos meses. A empresa não quer repetir os erros do ano passado, quando o volume de pedidos foi tão grande que a infraestrutura disponível não deu conta. Até junho, gastos com indenizações e honorários de advogados chegaram a R$ 32 milhões. “Faltou planejamento”, admite Bloquiau.

Menos faturamento
O aumento no tempo estipulado para a entrega dos produtos fez a varejista perder base de clientes para a concorrência. Para tentar recuperar parte do tempo perdido, medidas como o parcelamento sem juros e o frete grátis foram adotadas com maior frequência. “Não dá para você concorrer com um prazo maior sem oferecer alternativas”, explica o diretor.

Na questão do atendimento, a capacitação e a modernização dos sistemas tecnológicos foram necessárias para poder prestar ajuda aos clientes insatisfeitos. Não só o atraso na chegada dos produtos que causou um grande volume de reclamações no ano passado, os problemas de comunicação com a empresa também foram citados. O objetivo agora é oferecer respostas rápidas e completas aos usuários, para o qual foram criadas diferentes “células”.

E mais gastos também
Todos esses investimentos – e custos com indenizações – fizeram as despesas operacionais subirem 3,3% na comparação anual. O custo de cada mercadoria também avançou, 4,7%. Entre os gastos relacionados aos problemas de logística, esteve o reenvio de alguns produtos que se perderam pelo caminho ou nunca nem chegaram a sair do centro de distribuição. Além disso, as despesas totais do braço financeiro cresceram 21,3%.

“A curto prazo, são gastos que podem impactar, mas, no futuro, a eficiência vai aumentar”, garante Bloquiau. Ele também não teme uma depreciação forte o suficiente na marca da companhia, mas diz que a B2W tem cada vez menos margem para erros. Talvez o segundo semestre sofra com a ressaca das complicações no primeiro: “há algumas medidas ainda para tomar de mais longo prazo”, revela.

Fonte: www.infomoney.com.br - 05.08.2011


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