Publicado por Redação em Notícias Gerais - 12/09/2014

Lixo: 44% dos investimentos no setor de resíduos são para gerar energia

A geração de resíduos domiciliares só faz crescer. No Brasil, foram 4,1% a mais em 2013, chegando a 209,2 mil toneladas por dia. Cada habitante gera 1,04 kg por dia no país. O crescimento do consumo e a consequente geração de resíduos não vêm sendo acompanhados pela remediação dos problemas que decorrem deles.

Parte desse lixo nem é coletado. A maior parte das cidades brasileiras ainda envia o que coleta das casas a lixões. A coleta seletiva é incipiente, a inserção dos catadores de recicláveis –prevista na lei– com registro e remuneração justa na reciclagem é rara e as empresas responsáveis por itens de alto consumo resistem em assumir suas responsabilidades no ciclo de vida integral dos produtos que fazem circular no mercado.

Mas o Brasil não está sozinho no grupo dos países que tem que enfrentar grandes e caros problemas com seus resíduos. O planeta cresce 4 bilhões de toneladas de lixo por ano. E só 20% do total desses resíduos gerados vai para a reciclagem. Mais da metade da população mundial, cerca de 3,5 bilhões, não têm acesso a serviços básicos de gestão de resíduos. É tema fundamental de saúde pública, meio ambiente e infraestrutura.

De olho nessa complicada cadeia de problemas, um multifacetado mercado se estrutura e se amplia. Ao menos US$ 100 bilhões estão previstos em investimentos em resíduos sólidos no mundo todo este ano, em serviços que vão da coleta aos tratamentos mais variados, segundo dados da ISWA (Associação Internacional dos Resíduos Sólidos). Desse total, 44% são referentes a recursos para a transformação de lixo em energia.

A União Europeia lidera os investimentos, com US$ 32,8 bilhões. Os Estados Unidos seguem, com US$ 19,1 bilhões e em terceiro vem a China, com US$ 8,4 bilhões. No Brasil, devem ser investidos US$ 2,8 bilhões.

Segundo o presidente da ISWA, David Newman, a indústria de tratamento de resíduos sólidos está se consolidando no mundo e as empresas estão ficando maiores, para atender altos investimentos em tecnologia e logística.

A ISWA, entidade internacional que promove gestão sustentável, realizou o congresso "(Re)descobrindo um mundo novo: soluções sustentáveis para um mundo saudável" no começo da semana, num hotel em São Paulo.

Mais de mil participantes, entre empresários, especialistas, gestores públicos, representantes de entidades e de ONGs, estudantes, pesquisadores e professores, de 68 países, se reuniram para debates e palestras.

Sistemas de tratamento de resíduos, planejamento, comércio internacional, geração de energia através do lixo, métodos de compostagem, problemas de legislação, mecanismos de obtenção de recursos, responsabilidade compartilhada dos produtores, boas práticas comunitárias, campanhas educativas, lixo zero, lixo e design foram temas tratados por especialistas.

Realizado por membros das comissões científicas e consultores do ISWA, um estudo sobre Globalização e Gestão de Resíduos foi divulgado no congresso. Segundo o documento, os bancos de desenvolvimento e empréstimos têm ajudado a resolver alguns dos principais desafios enfrentados pelos países de baixa e média renda na melhoria dos sistemas de gestão de resíduos sólidos, auxiliando a desenvolver instituições e sistemas de governança.

Mas, ainda há muito a ser feito. As quantidades de resíduos sólidos em países de baixa e média renda são crescentes, em um cenário de sistemas de coleta, tratamento e disposição inadequados. Conforme o relatório, a maior parte de financiamentos em desenvolvimento em gestão de resíduos sólidos é fornecida para os países de renda média e o alcance deve ser estendido aos países de renda mais baixa, que mais precisam.

A ênfase na construção de capacidades e boa governança precisa ser mantida.

Segundo o estudo, o setor de resíduos sólidos tem uma posição única e modelos de operação para ilustrar como o setor público, sociedade civil e setor privado podem ser contratados de forma eficaz na prestação de serviços. Nesse contexto, a inclusão do setor informal é fundamental.

Fonte: www.uol.com.br


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