Publicado por Redação em Vida em Grupo - 22/03/2012

Mercado de seguros brasileiro deve crescer 15% em 2012, projeta executivo

Para 2012, a expectativa é que o mercado de seguros brasileiro cresça 12,8%. Porém, para Bento Zanzini, diretor geral do grupo BBMapfre, pode-se esperar crescimento maior. "Pode parecer uma meta conservadora, mas é natural diminuir o crescimento após grande expansão. Na minha opinião, porém, o mercado brasileiro deverá expandir 15%", analisou o executivo durante divulgação, nesta segunda-feira (19), do estudo "El mercado asegurador latinoamericano", realizado pela Fundación Mapfre. Esta é a décima edição do estudo, que contém ainda, pela primeira vez dados sobre o mercado de resseguro na região e uma análise sobre os mercados do Brasil, Chile e Argentina.
 
Segundo dados do levantamento, o mercado de seguros na América Latina cresceu 18,1% no primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período de 2010, atingindo 50,414 bilhões de euros. O maior crescimento ocorreu no ramo não vida, que expandiu 18,9%. O ramo vida teve expansão menor, de 16,8%. "Houve um crescimento espetacular em toda América Latina. Isso nos permite prever que vamos superar os 100 bilhões de euros em prêmios na região", observou o vice-presidente da Fundación Mapfre, Filomeno Mira. O estudo considera apenas os seis primeiros meses de 2011, mas quando todos os números do ano forem fechados, a expectativa é registrar expansão acima de 17%.
 
Segundo Zanzini, a manutenção dos investimentos do governo no PAC e nos projetos "Minha Casa, Minha Vida" e "Bolsa-família" é um incentivo para impulsionar a economia brasileira. Terminar o ano passado com a menor taxa de desemprego e a redução na desigualdade de distribuição de renda são outros fatores que contribuem. Zanzini comemorou o crescimento do ramo de seguros de pessoas no País, mas fez um alerta. "O ramo já representa 54% do total de prêmios no Brasil. Se acrescentamos acidentes pessoais, passa a somar 58% dos prêmios. Porém, é preciso analisar com critério, pois é grande a participação do VGBL, que tem característica previdenciária, mas está englobado nos dados sobre seguros", disse. De acordo com ele, o VGBL caiu no gosto da população de baixa renda, pois é uma alternativa à poupança.
 
O executivo ainda destacou os seguros prestamista, incêndios e transporte. "A inovação nos produtos renova o mercado", comentou.
 
Segundo ele, apesar de a indústria ter crescido menos, o restante da economia não - como exemplo, o setor de agricultura - e é por isso que a área de seguros cresce também. A expansão da classe C é outro destaque e a participação dessa população na economia ajuda a torná-la mais dinâmica.
 
Análise do mercado em 2010
 
Apesar de registrar bons resultados, 2011 não foi tão bom para o mercado de seguros quanto 2010. No ano retrasado, o volume de prêmios na América Latina expandiu 19,3%, atingindo 91,37 de bilhões de euros. Conforme o estudo, todos os mercados da região, exceto a Venezuela, tiveram em 2010 aumentos nominais em euros em seus volumes de prêmios. Em primeiro lugar consta o Brasil, com expansão de 39,4%, seguido por Peru (42%), Chile (26,6%) e Uruguai (35,1%). "Estamos testemunhando o crescimento do mercado na América Latina devido ao dinamismo da demanda interna e à valorização das moedas locais", afirmou Filomeno Mira, da Fundación Mapfre. O Brasil mantém sua posição de maior mercado da região, com participação de 42,5% dos prêmios emitidos na América Latina.
 
Em geral, a área que mais cresceu na região em 2010 foi vida, que expandiu 33,6%. O segmento registrou 36,597 milhões de euros em prêmios, com destaque para o Brasil, México e Chile. Apesar de ter registrado expansão menor, de 11,4% frente a 2009, o segmento não vida detém a maior parte dos prêmios emitidos na América Latina: 60% e 54,774 bilhões de euros. O estudo destaca que a América Latina é um mercado atrativo para os investidores. Além disso, as mudanças na legislação favorecem a adaptação do setor a novos desafios, como leis envolvendo o seguro, microsseguro, defesa do segurado etc. "No entanto, internacionalmente falando, América Latina e Caribe ainda têm pequena participação no mercado de seguros mundial", ponderou Mira.

Fonte: segs


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