Publicado por Redação em Notícias Gerais - 07/05/2014

O mundo dos investimentos está repleto de mitos que mesmo nos dias atuais são considerados como verdade

O mundo dos investimentos está repleto de mitos que mesmo nos dias atuais são considerados como verdade, mas que não resistem a um exame mais detalhado. O que faz com que eles sejam atraentes é o fato de serem acompanhados de boas histórias que apelam para algum componente fundamental da natureza humana, seja ele a ganância, a esperança, o medo ou a inveja. Estas também são sustentadas por evidências, pelo menos ao serem apresentadas, mas que contam apenas uma parte da história, obviamente a bem sucedida. A seguir vamos examinar alguns destes mitos:
 


1. Caderneta de poupança é o investimento sem risco.
 
Um investimento só é interessante quando gera um retorno acima da inflação, ou seja, aumenta o poder de compra do investidor. Além de produzir um retorno real (quando descontada a inflação) negativo em muitos anos, temos o episódio do Plano Collor de 16 de março de 1990 quando as cadernetas de poupança que excedessem a NCz$ 50 mil (cruzados novos) foram congelados por 18 meses. No caso da poupança há sim o risco de perda de poder aquisitivo e um histórico de confisco.


 
2. As Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) por serem títulos públicos federais e pós-fixadas não apresentam volatilidade.
 
É incrível como até hoje alguns especialistas acreditam nisso. Durante o processo eleitoral de 2002 com a desconfiança sobre os rumos da política econômica do então candidato Lula além da disparada do dólar, queda da bolsa de valores, o mercado de renda fixa também sofreu abalos, principalmente os títulos públicos. A Letra Financeira do Tesouro é um título pós-fixado, mas negociado com um pequeno deságio, durante este período com uma aversão por estes títulos o deságio aumentou bruscamente, afetando negativamente a cotação de mercado. A grande maioria dos fundos de investimentos em renda fixa “conservadores” possuíam estes títulos em suas carteiras, mas não estavam adotando a metodologia de marcação a mercado, ou seja, a queda não estava refletida no valor das cotas. O agravamento das perdas e as solicitações de resgate por parte dos investidores mais bem informados obrigou o Banco Central a exigir a marcação a mercado. E de um dia para o outro fundos conservadores amanheceram com perdas de cerca de 5%!
 


3. Imóvel é um investimento seguro e dificilmente cai de preço.
 
Assim como em qualquer ativo o preço dos imóveis é cíclico, há ciclos de alta e baixa. Um bom exemplo é o ciclo de baixa do início do Plano Real até meados de 2008. Muitos desconhecem este ciclo graças a chamada ilusão monetária, enquanto os preços dos imóveis pouco se valorizaram nesse período, a inflação acumulada aumentou significativamente. Um bom exemplo foram os apartamentos em diversos bairros de São Paulo que do início do Plano Real até o começo de 2008 apresentavam rentabilidade real negativa de até 40%!
 


4. Investir em renda fixa é seguro e não tem riscos.
 
Virou quase um mantra dos investidores conservadores afirmar que só investem em renda fixa. E o argumento apresentado é que não há riscos envolvidos. O investidor de renda fixa deve ter a consciência de 3 riscos básicos, o de crédito, mercado e liquidez. O de crédito diz respeito ao emissor do título não honrar o pagamento, o de mercado que o preço do título pode oscilar e o de liquidez que pode ser ou não difícil negociar este título junto ao mercado. Estes foram apenas alguns exemplos de mitos de investimentos, há centenas de outros, que sem exceção apenas dificultam a já difícil tarefa de investir.
 
 
Fonte: SEGS - Santos/SP - HOME


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