Publicado por Redação em Notícias Gerais - 11/05/2012

Pequenos investidores não sairão da poupança tão cedo, mas há boas alternativas

Os pequenos investidores não sairão correndo da caderneta de poupança apenas por conta da mudança na rentabilidade que entrou em vigor no último dia 4, na opinião de especialistas em investimentos.

Isto porque a  poupança é uma aplicação que está atrelada à cultura da população e levará um bom tempo para que os pequenos poupadores comecem a procurar outras opções. “No Brasil, quando a criança nasce, é comum que os pais abram uma caderneta de poupança para ela”, afirma o diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno. “Já nos Estados Unidos é diferente. As pessoas praticamente nascem investindo em ações”, completa.

Isso porque há muito tempo a taxa de juros dos EUA é praticamente zero, o que torna os títulos de renda fixa pouco atrativos. “Lá as pessoas precisam buscar alternativas para os investimentos”, ressalta Zeno.

Entretanto, é importante lembrar que por aqui também existem diversas alternativas à caderneta de poupança que oferecem risco muito parecido e devem ser analisadas, pois podem garantir uma rentabilidade bem mais atrativa – especialmente no longo prazo.

“Sou a favor da quebra de paradigmas. Se for para conseguir um melhor resultado, se o investidor se sente insatisfeito com a rentabilidade da poupança ou de outra aplicação, ele deve procurar alternativas”, afirma Zeno.

Alternativas à caderneta
Entre os investimentos que oferecem risco tão baixo quanto a caderneta de poupança, estão os títulos do Tesouro Direto, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) e as LCI (Letras de Crédito Imobiliário).

No caso do Tesouro, a chance de calote é muito pequena, já que eles são títulos de dívida do Governo - e por isso, os mais seguros do país. No caso do CDB e da LCI, assim como na poupança, o investidor tem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações de até R$ 70 mil, em caso de quebra da instituição.

Assim, com investimentos de risco parecido, é importante comparar e analisar a melhor opção. “É preciso olhar algumas questões, como o prazo do investimento, por conta da incidência de Imposto de Renda”, explica Zeno. Quanto mais tempo ficar com o dinheiro aplicado, menor será a alíquota cobrada – a taxa varia de 22,5% (para aplicações de até 6 meses) a 15% para investimentos superiores a 2 anos, sempre sobre a rentabilidade.

Entre os exemplos citados, a vantagem da LCI é justamente a isenção do IR, assim como a caderneta de poupança. Já no CDB e o Tesouro há incidência de imposto, por isso esta conta deve entrar na análise do investimento.

Os fundos de investimentos também podem ser uma boa alternativa, mas neste caso é preciso se atentar para outro ponto importante: a taxa de administração, que também impacta diretamente no resultado final da aplicação. Para se ter uma ideia, um levantamento da XP Investimentos mostrou que a diferença entre a taxa de administração de um fundo DI de um grande banco e de uma gestora independente pode chegar a 1.400%, o que impacta diretamente na rentabilidade.

E a Bolsa?
Para o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, a mudança na remuneração da poupança e a conseqüente continuidade na redução dos juros não deve fazer com que os investidores enxerguem imediatamente a bolsa de valores como uma opção.

“Não acho que seja algo que vá mudar de uma hora para outra. As pessoas até podem começar a se interessar mais pelo mercado acionário, mas isso leva um tempo e ocorre de forma mais gradativa. Elas primeiro vão olhar para outros títulos de renda fixa mais arriscados, para aos poucos começarem a pensar em bolsa”, afirma.

Fonte: Infomoney


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