Publicado por Redação em Notícias Gerais - 20/05/2014

Preços recuam no atacado e sobem menos ao consumidor

Dois indicadores de inflação divulgados ontem mostraram recuo nas taxas de inflação, mas os analistas de mercado continuam elevando suas projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou leve deflação de 0,04% na segunda prévia de maio, resultado influenciado principalmente pela queda no atacado, embora o índice ao consumidor também tenha registrado menor nível de alta de preços. O segundo indicador em recuo foi o IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que subiu 0,42% na segunda quadrissemana (alta de 0,45% na primeira semana).Após ter recuado para 6,39% na semana anterior, a mediana das estimativas coletadas pelo Banco Central para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu para 6,43%, a pouca distância do teto de 6,50%.
 
Na avaliação do superintendente-adjunto de inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Salomão Quadros, o recuo do IGP-M não deve se repetir. Ele espera que o índice fique próximo estabilidade neste mês e volte a subir em junho, mas não será um alta forte. "Não há pressão cambial, nem aquecimento da economia que faça os preços subirem. As previsões de safra no hemisfério norte são boas", afirmou ele.
 
De acordo com Quadros, a segunda prévia de maio do IGP-M mostrou normalização nos preços de alimentos, após o efeito estiagem, sobretudo os in natura. Esse movimento foi captado tanto no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) quanto no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O IPA caiu 0,45% no segundo decêndio de maio, após alta de 0,91% em igual período de abril. O IPC teve alta de 0,66% na segunda prévia de maio, depois de alta de 0,76% em igual período do ano anterior.
 
No IPC da Fipe, o grupo alimentação cedeu pouco, de 0,88% para 0,87% da primeira para a segunda semana de maio. Outras desacelerações ocorreram em habitação (de 0,06% para zero), transportes (de 0,04% para -0,02%), despesas pessoais (de 0,87% para 0,82%) e saúde (de 1,31% para 1,13%). Na contramão, vestuário (de 0,33% para 0,72%) e educação (de 0,10% para 0,14%) subiram mais.
 
Ao contrário da alta no IPCA, o Focus mostra uma melhora nas expectativas dos analistas com relação a outros indicadores de inflação, que foram revisados para baixo. A mediana das projeções para o IPC-Fipe saiu de 6,10% para 5,94%.. Para o IGP-DI cedeu de 7,25% para 6,87%. Há um mês estava em 7,35%. Para o IGP-M, a expectativa caiu de 7,21% para 7,11%.
 
 
Fonte - Valor Online - São Paulo/SP - BRASIL


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