Publicado por Redação em Notícias Gerais - 09/05/2014

Queda de aprovações explica desaceleração do crédito, avalia BC

Dados divulgados ontem pelo Banco Central de sua pesquisa trimestral das condições de crédito sugerem que a desaceleração recente no mercado bancário está ligada sobretudo à queda da oferta de linhas pelos bancos e a uma menor aprovação de operações.
 
A oferta de crédito pelos bancos caiu no primeiro trimestre em três dos grandes grupos que fazem parte da pesquisa (mercado corporativo, consumo das famílias e pequenas e médias empresas) e ficou estável num quarto (financiamentos imobiliários).
 
O freio na oferta de crédito pode ser um sinal de desaceleração econômica. Há várias pesquisas acadêmicas em países como Estados Unidos que mostram que, quando a oferta de crédito se desacelera, em seguida a economia também passa a crescer menos. A hipótese não foi testada no caso brasileiro porque a série estatística do estudo do BC, iniciado em 2011, é ainda muito curta para resultados confiáveis.
 
Em março, o crédito cresceu 13,7%, ante o mesmo mês do ano passado, abaixo do avanço de 14,7% observado em 2013.
 
O índice de aprovação de empréstimos pelos bancos foi negativo no primeiro trimestre nas linhas de financiamento ao consumo e para as grandes empresas. Ficou estável nas operações de financiamentos imobiliários para pessoas físicas e também para pequenas e médias empresas.
 
As perspectivas para o segundo trimestre são um pouco mais favoráveis, destacou o diretor de política econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, ao apresentar os dados em Recife, juntamente com o relatório de economia regional. "Há melhora na perspectiva de aprovação de crédito no segundo trimestre comparado ao primeiro", afirmou.
 
Os dados são resultado de uma pesquisa qualitativa com um conjunto de bancos que respondem por pelo menos 90% dos crédito em cada um dos segmentos do mercado. São feitas perguntas sobre as condições do mercado do crédito (se a oferta de crédito aumentou, está inalterada, está mais restritiva, por exemplo) e também sobre as perspectivas dessas instituições financeiras para os três meses seguintes.
 
Na oferta de crédito a consumidores, o indicador ficou negativo em 0,05. Pela escala adotada nessa pesquisa, os números variam de -2 (oferta mais restritiva) a +2 (oferta mais flexível). Já o índice de aprovação das linhas de crédito solicitadas pelos clientes foi negativa em 0,14, numa escala semelhante à da oferta de crédito.
 
Esse é o percentual mais negativo observado no crédito a consumo desde o terceiro trimestre de 2012, quando os bancos decidiram desacelerar a contratação de novas operações em virtude de uma onda de inadimplência vivida naquele período. Já são três trimestres seguidos com o indicador negativo. As perspectivas para os próximo período seguem desfavoráveis, já que o indicador de contratação esperado pelos bancos é negativo em 0,05.
 
 
Fonte: Valor Online - São Paulo/SP - FINANÇAS


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