Publicado por Redação em Notícias Gerais - 30/12/2015

Salário mínimo com reajuste vai injetar R$ 57 bilhões na economia nacional, diz Dieese

Brasil tem 48 milhões de trabalhadores com rendimento referenciado ao salário mínimo

Aumento do salárimo mínimo traz impactos positivos à economia

O aumento do salário mínimo de R$ 788 para R$ 880 deve injetar R$ 57 bilhões em renda na economia no ano que vem. São 48,3 milhões de brasileiros com rendimento referenciado ao salário mínimo, segundo estudo do Dieese divulgado nesta terça-feira (26).

Desse total de 48,3 milhões de brasileiros, 22,5 milhões são aposentados e pensionistas; 13,5 milhões são empregados com carteira assinada; 8,2 milhões são trabalhadores por conta própria e 3,99 milhões são empregados domésticos.

O salário de R$ 880 acumula ganho real (descontada a inflação) de 77,35% desde 2002, quando o piso foi estabelecido em R$ 200. Nesse mesmo período, a inflação medida pelo INPC é de 148,09%. O cálculo considera INPC estimado em 0,80% em dezembro de 2015.

Com o novo valor do mínimo, o incremento na arrecadação tributária sobre o consumo é estimado pelo Dieese em R$ 30,7 bilhões por ano.

Previdência

Nas contas da Previdência Social, o aumento de R$ 92 no salário deve ter custo adicional ao ano de cerca de R$ 26,960 bilhões, de acordo com o estudo. "A cada R$ 1 de acréscimo no salário mínimo há o impacto de R$ 293 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social", diz José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese.

O estudo do Dieese leva em conta que o peso relativo da massa de benefícios equivalentes a um salário é de 49% e corresponde a 69,2% do total de beneficiários. "O impacto do custo na Previdência é muito inferior ao gasto anual para pagar os juros da dívida pública que o governo tem, ao redor de R$ 400 bilhões", afirma o coordenador.

Poder de compra

Se comparado ao valor da cesta básica calculada pelo Dieese, estimada em R$ 412,15 em janeiro de 2016, o novo salário mínimo equivale a 2,14 cestas. Em novembro de 2015, o valor da cesta foi de R$ 404.

"É a maior quantidade de cestas básicas já registrada desde 1979, início da série histórica que compara o valor do salário mínimo anual com o valor anual da cesta", afirma Oliveira.

Fonte: Folha de Pernambuco


Posts relacionados

Notícias Gerais, por Redação

Com arrecadação em queda, Receita lança malha fina de empresas

Em ano de queda na arrecadação de impostos, a Receita Federal lançou, nesta segunda-feira, o Programa Alerta, uma espécie de "malha fina" para as pessoas jurídicas.

Notícias Gerais, por Redação

Acabou a festa de retornos fáceis com renda fixa; É preciso arriscar mais

O Brasil sempre foi conhecido como um país de juros altíssimos. Ao longo dos últimos 13 anos, a taxa básica oscilou bastante, mas sempre se manteve em patamares muito elevados se considerados os padrões de países desenvolvidos.

Notícias Gerais, por Redação

Crédito deve mostrar expansão em 2012, embora em ritmo mais lento

A carteira de crédito no Brasil deve continuar mostrando crescimento, mas em um ritmo mais lento neste ano, revelou a Pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativas do Mercado, conduzida junto a 31 analistas e realizada entre 26 a 30 de abril.

Deixe seu Comentário:

=