Publicado por Redação em Notícias Gerais - 31/03/2015

Use a inteligência emocional no trabalho

Especialista diz que é fundamental o profissional buscar o bem-estar para não afetar a produtividade

Cultivar a inteligência emocional no ambiente corporativo é algo primordial para quem deseja alcançar o sucesso profissional. Esse preceito não significa que os profissionais precisam reprimir as próprias emoções, mas, sim, avaliá-las e educá-las de forma que não comprometam a produtividade e as relações no ambiente de trabalho.

“Nossa vida é composta por eixos como o familiar, espiritual e o profissional, entre tantos outros. O profissional é o último a se formar e é o que tem um dos maiores pesos na vida do ser humano. O ideal é ter o equilíbrio entre todos eles, mas sabemos que nem sempre isso é possível. É a partir daí que um começa a interferir no outro e, muitas vezes, por passarmos a maior parte de nosso tempo no trabalho, este pilar é afetado”, explica a gerente de Transição de Carreira da Thomas Case & Associados, Melina Graf.

No dia a dia do mundo corporativo, a maior parte das atividades exige o desenvolvimento de relações interpessoais. Trocas diárias com colegas de trabalho, clientes ou chefes são desenvolvidas com mais facilidade caso o profissional consiga interagir com mais habilidade, gentileza e empatia. “É muito importante que o indivíduo saiba lidar com a sua inteligência emocional, pois as empresas esperam cada vez mais resultados e superação.

“Não basta ter somente o conhecimento técnico, mas sim o autoconhecimento para lidar com a cobrança, com a urgência, pressão, medo, insegurança e com os próprios sentimentos gerados em função de tudo isso. O autoconhecimento vem para agregar no dia a dia. Assim o profissional consegue lidar com as adversidades e conflitos, tendo uma postura adequada, segura e resiliente”, assegura Melina Graf.

Problemas de saúde, relacionamentos em crise e experiências ruins em empregos anteriores são algumas das questões particulares que podem interferir no desempenho profissional. Segundo a psicóloga especializada em couching emocional e de carreiras, Flávia Puça, o ideal seria que a própria empresa realizasse avaliações de desempenho na equipe a fim de minar pontos de conflito ou quadros de isolamento. “O gestor pode tentar promover a interação entre o grupo, através de atividades como dinâmicas, que permitam o entrosamento e ajudem a criar um certo nível de cumplicidade”, afirma a especialista.

Nesse contexto, o setor de Recursos Humanos das organizações atua como um facilitador de todos os departamentos da empresa, tomando decisões estratégicas e estimulando os colaboradores. Um comportamento que ajuda é tentar não resolver problemas externos durante o horário do expediente, evitando ligações e contato com os fatores que geram aborrecimento e tiram o foco do trabalho”, conclui Graf.

Como contornar as dificuldades diárias

Queda na produtividade e isolamento dos demais integrantes da equipe não representam necessariamente displicência ou falta de profissionalismo, tendo em vista que é impossível engavetar essas questões durante o expediente ou apagar os problemas nas oito horas diárias de trabalho.

“O profissional precisa criar dispositivos que o auxiliem a pensar que naquele momento ele está na empresa e tem uma demanda em cima das necessidades daquela organização”, afirma Flávia Puça. Para ajudar nesse processo, o indivíduo pode conversar com alguém mais próximo, de confiança, e tentar não se deixar levar pelo lado emocional.

“Enviar comandos cognitivos ao cérebro para tentar focar e ter em mente que ninguém tem o acerto eterno ou que um erro não é o fim do mundo, são habilidades que podem ajudar nesse controle”, afirma a psicóloga.

Empatia, percepção social, desenvolvimento de estratégias de autogestão, atrasar a reação emocional para evitar explosões e tentar esvaziar a mente de problemas e distrações durante as interações são medidas que ajudam a administrar as emoções para alcançar um objetivo.

“O profissional precisa identificar quais são seus gatilhos emocionais, identificando os porquês de cada tipo de reação a determinados eventos. Nesse processo de autopercepção, ele deve se dar conta do que precisa trabalhar e onde necessita se desenvolver. Se, diante de uma crítica a reação foi de rejeição, significa que o indivíduo tem um vácuo relacionado à rejeição na sua construção de vida, por exemplo”, esclarece.

Ter em mente os próprios valores e objetivos também contribui tanto para o autoconhecimento quanto para prever determinadas reações ou o possível surgimento de situações de conflito. “Os gatilhos são instrumentos para abalizar nossos espaços a serem trabalhados”, conclui a psicóloga.

Fonte: Jornal do Commercio


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