Publicado por Redação em Notícias Gerais - 05/12/2014

Financiamento de veículos deve melhorar no próximo ano

O mercado de financiamento de veículos terá um próximo ano "ligeiramente melhor" que 2014, prevê o diretor-executivo da Cetip, Gilson Finkelsztain. Um dos principais motivos, segundo ele, é a nova legislação que facilita a retomada de veículos pelos bancos em caso de inadimplência.
 
As novas regras, que entraram em vigor em novembro, preveem que o tempo de recuperação de bens com prestações em atraso caia de um ano para três meses. A Cetip opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia docrédito de automóveis no país.
 
"Já percebemos que os bancos estão acelerando a concessão de crédito para veículos, que chegou sofrer até retração no começo do ano. As novas regras de retomada devem dar uma boa animada. Mas é claro que o setor vai depender da confiança do consumidor, que continua baixa, e por isso eu acredito que o próximo ano será ligeiramente melhor. Acho que não vai crescer dois dígitos não", explicou ontem Finkelsztain, em evento sobre educação financeira promovido no Rio de Janeiro.
 
A leve recuperação da concessão de crédito no último mês é apontada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) como um indicador positivo. O volume de financiamentos concedidos pelos bancos cresceu 13,9% em outubro e novembro.
 
Finkelsztain se disse "muito animado" com a nova equipe econômica anunciada pelo governo e acredita que a receita proposta - redução de gastos e da participação dos bancos públicos no créditoetc. - terá efeito positivo na economia.
 
"O crédito tem cara de que vai crescer entre 7% e 10% (no ano que vem), e o mercado de renda fixa vai no mínimo acompanhar esse mesmo patamar. Se a participação do BNDES e dos bancos públicos for de fato reduzida e direcionada mais a empresas médias e pequenas, como estão pretendendo, isso será muito positivo para as debêntures e para o crédito privado como um todo", avalia.
 
Finkelsztain admite, porém, que um cenário de juros mais altos age como inibidor para a renda fixa privada, uma vez que os investidores privilegiam aplicações em títulos públicos que acabam rendendo mais com a Selic em alta e oferecem menos riscos. (AG/FP)

Fonte: Diário do Comércio - MG - Belo Horizonte/MG


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