Publicado por Redação em Notícias Gerais - 06/09/2012

Menos juros e mais crédito

Há um ano, o governo brasileiro tomou a decisão de iniciar o ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, que recuou gradualmente do elevado patamar de 12,5% para os atuais 7,5%, atingidos após nova redução anunciada na última semana pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Os reflexos dessa mudança sobre nossa economia são positivos e permitem que o governo continue ganhando fôlego para fazer os investimentos de que o nosso país precisa.

Para as empresas e o consumidor comum, no entanto, a queda da Selic demora a fazer sentido, já que os juros abusivos cobrados pelos empréstimos bancários continuam sendo um entrave ao grande potencial de consumo do nosso mercado interno. Isso porque, como se sabe, a queda da Selic não vem sendo acompanhada de redução dos spreads bancários.

Por outro lado, as medidas adotadas pelo governo federal para estimular a competição entre os bancos, por meio do aumento da oferta de crédito e de juros menores pelos bancos públicos, já têm surtido resultados.

Segundo dados do Banco Central, no segundo trimestre, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil foram responsáveis por quase 70% do aumento total do crédito no país, que chegou a R$ 93 bilhões.

Além disso, nos últimos meses, a portabilidade de crédito deslanchou. No segundo trimestre, cerca de 27 mil pessoas migraram suas dívidas para a Caixa, um aumento de 123% em relação ao primeiro trimestre.

O Banco do Brasil, que cortou as taxas de juros em até 30%, aumentou em 20,6% a concessão de empréstimos consignados, em relação ao mesmo período de 2011.

Após o anúncio do último corte da Selic, além dos bancos públicos, alguns bancos privados decidiram reduzir suas taxas para crédito pessoal, financiamentos de veículos e empréstimos de capital de giro. Ainda que as reduções tenham sido pequenas, já indicam uma mudança de comportamento.

Neste cenário, as condições para a retomada do avanço da oferta de crédito começam a se consolidar. Além da queda da Selic e da estratégia de forçar a competição entre os bancos, a estabilização da inadimplência e renegociação das dívidas das famílias deverão contribuir para uma expansão de 15% ainda neste ano, de acordo com previsão do BC.

O governo segue firme para buscar a aceleração da atividade econômica, criando condições para destravar o consumo, sem deixar de lado a importância dos investimentos.

A redução dos juros, a prorrogação das desonerações de alguns setores da economia, o empenho para reduzir custos de produção e o recém-lançado programa de concessões evidenciam o esforço em melhorar os investimentos privados e em solucionar alguns dos principais gargalos do nosso crescimento.

A previsão de aumento de 8,9% nos investimentos federais no Orçamento Geral da União para 2013, em relação a 2012, mostra que o governo continuará exercendo seu papel de indutor do desenvolvimento, investindo mais, não só para crescer mais, mas para garantir que o crescimento continue aplacando nossas desigualdades sociais e melhorando a vida da população.

Fonte: www.brasileconomico.ig.com.br


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